sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

"Balanço Ambiental de 2011"

Por Washington Novaes

Ao se completarem 30 anos da Política Nacional de Meio Ambiente, o grande avanço certamente é a ampliação das consciência da sociedade em torno dos grandes problemas ambientais – que ainda precisa ser traduzida em ações pelo poder público.

Washington Novaes, jornalista, é supervisor geral do Repórter Eco. Foi consultor do primeiro relatório nacional sobre biodiversidade. Participou das discussões para a Agenda 21 brasileira. Dirigiu vários documentários, entre eles a série famosa “Xingu” e, mais recentemente, “Primeiro Mundo é Aqui”, que destaca a importância dos corredores ecológicos no Brasil.


Fonte: Repórter Eco

2011 termina com mais um motivo para inquietação, já que a reunião da Convenção do Clima na África do Sul não conseguiu aprovar nenhum compromisso obrigatório para os países reduzirem suas emissões de poluentes que agravam mudanças climáticas. E o último balanço diz que em 2010 elas chegaram a 30,6 bilhões de toneladas de carbono, já próximas do limite de 32 bilhões de toneladas; se ele for ultrapassado, dizem os cientistas, não será possível conter o aumento da temperatura da Terra em 2 graus Celsius – e os chamados desastres climáticos serão muito graves do que já são, atingindo dezenas de milhões de pessoas a cada ano. O Brasil já é um dos cinco maiores emissores do planeta, com mais de 10 toneladas anuais de carbono por pessoa.

Mesmo com todos os riscos, continuamos com mais de 5 milhões de pessoas morando em áreas sujeitas a desastres. E o município de São Paulo anunciou que só daqui a 30 anos livrará a cidade do risco de inundações. Já a Agência Nacional de Águas informou que mais de metade dos municípios brasileiros enfrentarão sérios problemas com abastecimento de água, se até 2025 não foram investidos 70 bilhões de reais. Na área do saneamento, o balanço do IBGE mostra que mais de 50% dos domicílios brasileiros não contam com rede de esgotos.

O ano foi marcado também por intensa polêmica em torno do projeto de novo Código Florestal discutido pelo Congresso. Organizações ambientalistas criticaram principalmente a anistia a proprietários de terras que desmataram áreas de reserva obrigatória, assim como a redução de áreas de preservação à margem de rios, encostas e topos de morros.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o desmatamento na Amazônia continua acima de 6 mil quilômetros quadrados por ano. E o desmatamento já atingiu 18 por cento do bioma. No Cerrado e na Caatinga, a perda está acima de 50 por cento. Na Mata Atlântica, em 93 por cento.

Os dramas das cidades com o transporte se acentuaram. O país já tem cerca de 40 milhões de veículos. Só em São Paulo, mais de 7 milhões. Mas pouco se tem avançado na implantação de sistemas eficientes de transporte coletivo, que reduzam o número de veículos nas ruas e o nível de poluição do ar.

Já a área de energia foi marcada pela polêmica em torno da implantação da hidrelétrica de Belo Monte, na Amazônia, que chegou até a manifestações no exterior e na Organização dos Estados Americanos.

Começou a ser implantada a Lei Nacional de Resíduos Sólidos, que contém muitos princípios positivos, mas sem vinculação de recursos. E sem definir com clareza se será ou não permitida a incineração de lixo.

Ao se completarem 30 anos da Política Nacional de Meio Ambiente, o grande avanço certamente é a ampliação das consciência da sociedade em torno dos grandes problemas ambientais – que ainda precisa ser traduzida em ações pelo poder público.

Postado por Daniela Kussama


FONTE: Mundo Sustentável

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

"Sustentabilidade será tema central do Réveillon de Copacabana"

"Bradesco, Coca-Cola, Oi e Petrobras patroninam festa, que deve receber dois milhões de pessoas"

Houve um grande engajamento em torno do tema sustentabilidade por parte dos patrocinadores e, com isso, alguns deles decidiram potencializar a oportunidade

Sustentabilidade será o tema da festa de Réveillon deste ano em Copacabana, no Rio de Janeiro. Com público estimado em dois milhões de pessoas, a festa contará com cenários aliados a novas tecnologias: quatro palcos e 11 balsas com fogos, com previsão de um espetáculo de luzes de 16 minutos. A produção é da SRCOM, com patrocínio de Bradesco, Coca-Cola, Oi e Petrobras.

Para o secretário municipal de Turismo e presidente da Riotur, Antônio Pedro Figueira de Mello, a mensagem sustentável do Réveillon será o pontapé inicial para o Rio+20, conferência mundial das Nações Unidas que acontecerá no Rio de Janeiro em 2012. “A sustentabilidade é um dos assuntos mais relevantes em todo o mundo. Queremos que as pessoas percebam isso e façam a sua parte”, declarou Mello.
O evento terá diversos pilares sustentáveis em sua produção: todas as lonas usadas serão reaproveitadas e transformadas em estojos para as escolas municipais de Copacabana. Haverá ainda a neutralização dos fogos durante a queima, gerando assim menos fumaça. Segundo Flavio Machado, sócio-diretor da SRCOM, o público será convidado por meio de um vídeo voltado à sustentabilidade a participar, antes da contagem regressiva, de um momento de reflexão com duração de um minuto.

“Cada um de nós poderá fazer a sua parte contribuindo com ações mais sustentáveis inclusive no dia do evento. A todo o momento, o publico será lembrado a respeito de não jogar seu lixo na areia ou nas ruas, para que assim no dia primeiro as praias estejam menos poluídas”, contou Machado.

O evento vai contar com a parceria da Brasil/S, consultoria de sustentabilidade que, por meio de uma cooperativa de catadores, vai promover a gestão dos resíduos originados pela produção do evento, além do cálculo da neutralização de carbono de todas as atividades que gerarem emissões, como deslocamento de integrantes da produção e de artistas e queima de fogos. O resultado desses cálculos serão fornecidos em janeiro de 2012.

Os fogos assinados pela Pirotecnia Igual, de Barcelona, na Espanha, terão seis fases temáticas. Na primeira fase, a praia ficará toda verde, dando as boas-vindas ao Rio+20; na segunda, toda vermelha em referência à energia do sol; na fase três aparecem os elementos ligados à água; na fase quatro elementos ligados à fauna e à flora; a fase cinco faz menção ao vento com som de assovios; e a última fase traz a cor dourada relativa ao otimismo.

Flávia Serra, gerente de projetos da SRCOM, explica que todas as marcas patrocinadoras terão ativações em comum e também farão suas próprias ações. “As ativações comuns a todas as marcas patrocinadoras estarão nas torres de som, que geram uma visibilidade muito grande, e em mais de 200 galhardetes espalhados por todo o bairro de Copacabana, com uma pegada de sustentabilidade. Além disso, as marcas estarão presentes nos quatro palcos, assim como terão espaço nas redes sociais, com os links para o público acessar”, contou Flávia.

Segundo a executiva, houve um grande engajamento em torno do tema sustentabilidade por parte dos patrocinadores e, com isso, alguns deles decidiram potencializar esta oportunidade. A Coca-Cola fará, pela segunda vez consecutiva, uma ação de inclusão social em seis comunidades pacificadas próximas à Copacabana. A empresa promoverá um cadastramento para recrutar ambulantes e dará um isopor com um colete e um crachá, que será a autorização oficial para trabalhar legalmente no Réveillon de Copacabana.
Os kits serão distribuídos dois dias antes do evento na Vila Olímpica da Gamboa, na base do Morro da Providência, zona portuária do Rio de Janeiro, onde a Coca-Cola fará um pequeno reparo nas quadras e nos banheiros, deixando isso como legado. Além disso, a empresa terá um palco montado no Leme que também terá uma ativação específica.

Petrobras e Oi também farão sua ativações próprias. A Petrobras terá telões em quatro postos de Copacabana com conteúdo temático que faz referência às ações de sustentabilidade. A empresa montará um aparato para colher mensagens relativas a 2012, durante o evento, que serão exibidas nestes telões. Já a Oi terá uma ação com wi-fi e um palco Oi Novo Som com VJ.

“Adequamos o evento ao interesse de cada patrocinador, procuramos saber o que eles realmente querem comunicar e como eles querem atingir o publico. É uma oportunidade muito bacana falar numa noite só com dois milhões de pessoas”, disse Flávia, que destaca a parceria com o Solar Meninos de Luz, ação voltada para inclusão social. “Estamos utilizando a parceria com o Solar Meninos de Luz, associação do morro do Pavão Pavãozinho, conjunto de favelas localizado em Copacabana, que já existe há 20 anos. Nós receberemos 15 jovens na faixa dos 16 anos para trabalhar conosco durante a festa, aprendendo sobre toda a produção de eventos. Já estamos pensando em oportunidades de trabalho para eles nos próximos eventos sediados no Rio de janeiro”, contou.

As plataformas digitais do Réveillon de Copacabana são assinadas pela Diz’Ain Soluções Interativas. Já o conteúdo é produzido pela SRCOM e pela Contente Entretenimento. Todo o conceito das plataformas foi criado pela SRCOM. O site do Réveillon em Copacabana já esta disponibilizado para qualquer dúvida sobre o evento: www.copacabanareveillon.com.

FONTE: Exame

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

"Código Florestal - WWF-Brasil e SOS Florestas"


As mudanças propostas no projeto de reforma do Código Florestal trazem, claramente, prejuízos e impactos para comunidades florestais, rurais e urbanas, ecossistemas, florestas, biodiversidade e para a própria agricultura, que depende de solo, água, clima e outros serviços ambientais. É possível a agricultura aumentar sua área produtiva sem que haja novos desmatamentos. Para isso, é preciso investir na recuperação de áreas degradadas.

Não podemos permitir que o novo Código Florestal promova desmatamento, destrua ecossistemas e coloque em risco a integridade de nossas florestas e da sociedade brasileira.

Divulgue!

FONTE: YouTube

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

"Investidores querem usinas no CE"

Empresas portuguesas e espanholas estão interessadas em instalar usinas de tratamento de resíduos sólidos no interior do Estado. Os investimentos devem ficar entre R$ 20 milhões e R$ 80 milhões


Lixo tratado, reciclado e transformado. Pode parecer uma realidade distante no Ceará, mas os primeiros passos estão sendo dados para mudar o destino do lixo. Investidores de empresas portuguesas e espanholas articulam parcerias com o Governo do Estado para trazer usinas de tratamento de resíduos sólidos aos municípios do Interior.

A estimativa de investimentos está entre R$ 20 milhões e R$ 80 milhões em cada usina, segundo o presidente da Associação Interbrasileira de Investidores de Energias Renováveis (Abrinter), Cleuber Luiz Sobrinho. Os investimentos variam de acordo com o tamanho da população que pode variar de 30 mil a 300 mil pessoas.

O objetivo é distribuir as usinas de modo que o lixo das cidades menores possa ser enviado para usinas nas cidades maiores.

O consultor de negócios internacionais da Espanha, Carlos Lopez, destaca que existem três grandes grupos espanhóis interessados em participar dos investimentos.

“Estamos nas primeiras fases de conhecer todas as possibilidades”, diz o consultor.

Consórcios públicos

O interesse, segundo os investidores, surgiu a partir dos consórcios públicos formados entre os municípios.

Nos consórcios, foi feito estudo de todos os aterros do Estado e os municípios se uniram a partir de características próprias, como geografia e tipo de solo. Neles também foram estabelecidos critérios para definir cidade polo para instalar aterro ou uma usina de beneficiamento do lixo.

O Instituto para o Desenvolvimento de Consórcios (IDC) foi responsável por 23 consórcios no Ceará. De acordo com a presidente do IDC, Regina Rego, quase todos os municípios do Estado estão consorciados para resolver os problemas de destinação de resíduos sólidos.

Gabriela Ramos
gabrielaramos@opovo.com.br


FONTE: O Povo Online

"Tecnologia para tratamento do lixo do Ceará será importada"


O objetivo dos investidores é aplicar no Ceará o que já tem sido feito na Europa com relação ao tratamento de resíduos sólidos. Uma usina trata diversos tipos de resíduos que terão de ser reciclados, tratados e transformados. Na usina, somente cerca de 3% do total do lixo não é aproveitado.

Os resíduos produzidos em uma casa como vidro, plástico, papel, metais terão de ser separados para reciclagem. Pneus, móveis velhos, eletrodomésticos, latas e resíduos da construção civil serão tratados nas usinas de diversas formas, que irá acarretar em subprodutos ou energia.

Além das usinas, o objetivo é instalar aterros controlados, acabando com lixões. No aterro, haverá tratamento do chorume e do metano. O vice-presidente da Abrinter, Miguel Macedo destaca que os lixões, mesmo fechados, podem poluir por vários anos. Desse modo, ele destaca a urgência em tratar o destino do lixo. (GR)

FONTE: O Povo Online

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

"Aterro sanitário é desafio para os municípios"

O Ceará conta com 284 lixões e apenas oito aterros sanitários. A meta é que até 2014 só existam aterros sanitários. Consórcios são apontados como saída para resolver a questão



Comparado aos outros, o aterro de Caucaia está em 
melhor situação (FOTO: DEIVYSON TEIXEIRA)



Os lixões devem ser substituídos por aterros sanitários até 2014, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos. O desafio é grande para o Ceará. Atualmente, são 284 lixões e oito aterros sanitários. O Estado tenta se readequar por meio dos consórcios, mas o caminho a ser percorrido é longo.

De acordo com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Semace), apenas os municípios de Caucaia, Aquiraz, Maracanaú, Pacatuba, São Gonçalo do Amarante, Quixeramobim, Lavras da Mangabeira e Tauá estão com licença de operação de aterro sanitário válida. Para o procurador autárquico da Semace, Martinho Olavo, a situação fica ainda mais crítica quando se analisam quais desses locais têm condições da licença ser renovada: Caucaia, Quixerambom e Lavras da Mangabeira. Este último solicitou pela primeira vez a licença de operação, após conseguir a de instalação.

O Aterro Sanitário Metropolitano Oeste de Caucaia (Asmoc), que também recebe os resíduos sólidos de Fortaleza, está em melhor situação se comparado aos demais, e já conseguiu a renovação da licença para mais dois anos, aproximadamente. Mesmo ainda apresentando carências estruturais, o aterro de Caucaia acaba sendo referência para os demais no Estado. Na semana passada, O POVO tratou sobre a situação dos antigos lixões na Capital e as falhas que existem no Asmoc. Ambientalistas criticam a pouca resolutividade na captação dos gases tóxicos e tratamento de chorume.

Os outros cinco municípios (Aquiraz, Maracanaú, Pacatuba, São Gonçalo do Amarante e Tauá) com licença de operação devem corrigir falhas. “Não podemos dar prazo para essa regularização. O município interessado que deve agilizar as correções para conquistar a renovação da licença. Cada processo tem sua peculiaridade”, resume Olavo. No caso do aterro de Tauá, por exemplo, o pedido de renovação de licença de operação foi negado.

O coordenador de monitoramento de convênios de Tauá, Francisco Barroso, reconhece que o aterro funciona com dificuldades. “O sistema de coleta ainda é precário. A falta de cooperativa também prejudica. Estamos fazendo o possível para não acumular tanto lixo”, explica. A espera é pela consolidação do consórcio. “O processo está parado e não tenho ideia de quando vai ser consolidado”.


ENTENDA A NOTÍCIA
Política Nacional de Resíduos Sólidos estipula até 2014 a erradicação dos lixões. No Ceará, são 284 lixões e oito aterros sanitários. O aterro se diferencia do lixão pelo estudo de implantação e otimização da área, monitoramento ambiental e ausência de catadores.

Saiba mais

Projetos executivos em fase de elaboração
Aterro Consorciado do Cariri; de Camocim; de Sobral; de São Benedito; de Icó; de Milagres; de Paracuru. 

Consórcios constituídos
Foram concluídos 22 consórcios Públicos de Resíduos Sólidos para os seguintes municípios: Crato, Camocim, Sobral, São Benedito, Milagres, Paracuru, Aracati, Cascavel, Acaraú, Itapajé, Itapipoca, Pacajus, Crateús, Nova Russas, Quixadá, Ipu, Assaré, Icó, Limoeiro do Norte.

Consórcios formados por iniciativa municipal Baturité, Viçosa do Ceará, Pedra Branca, Paracuru.Para a criação do aterro sanitário, existem várias etapas a serem cumpridas. Foram constituídos 22 consórcios, depois vão para a fase de projeto executivo, de captação de recursos, de aprovação do projeto para licença prévia, de instalação e operação.

Tema vencedor da enquete

Com 57% de preferência, "A situação dos aterros sanitários em Fortaleza" foi o tema mais votado. As comemorações do "Centenário de Gonzagão" ficou com 25%. Já "Mudanças no Imposto de renda" teve 17% dos votos. A enquete faz parte da seção Você Faz O POVO, principal canal de interatividade do portal O POVO Online. Ela é realizada quinzenalmente. A terceira enquete foi aberta no último dia 13 e a votação se encerrou no dia 15. A próxima enquete será aberta no dia 27 e a votação seguirá até o dia 30. Na semana seguinte, o tema mais votado terá cobertura especial nas mídias do grupo.
Viviane Gonçalves 
vivi@opovo.com.br

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

"Nós somos agentes ambientais"


"Quem diz que não serve mais? No bairro Jangurussu, periferia de Fortaleza, mulheres revelam sua relação com o lixo. Enquanto trabalham, elas refletem sobre o valor dos objetos e da própria vida".

FONTE: Curta O Gênero 2012_Teaser#2

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

CURSO - Entrega das Camisetas

Turma,

No último dia 13/12, houve uma "aula" para a entrega das camisetas do Curso (ela é feita de algodão orgânico e sua estampa é de acordo com o que foi votado no blog e em sala). Como poucos compareceram, aqueles que ainda não a pegaram poderão fazer isso nos dias
21/12 (quarta) e 22/12 (quinta), a partir das 14 horas, com o André, no LeCos. O valor de cada camiseta é de R$ 18,00 (por favor, levem o dinheiro trocado), precisaremos pagar as costureiras antes do Natal.

Para os que não sabem, o LeCos fica na Avenida da Universidade mesmo, quase em frente ao prédio da FEAAC, ao lado de uma lanchonete. > MAPA


Para mais informações, envie um e-mail para o André (identifique-se): adm.andredourado@bol.com.br

Já enviamos um e-mail para aqueles que confirmaram o interesse através do formulário.

Feliz Natal a todos e um ótimo 2012.

Tomada da Consciência Ambiental: uma necessidade!

Por Nayana de Almeida Santiago

Diariamente, na mídia, escutamos falar sobre meio ambiente. Os temas ambientais são expostos, muitas vezes, devido a uma questão de marketing. É certo que melhor seria que estes fossem abordados pela preocupação em conservar os nossos recursos naturais. Porém, temos que admitir que independente da força impulsionadora, nós nos encontramos em uma fase histórica, onde se avançou muito nas questões relacionadas ao meio ambiente.

Desde o início dos tempos o ser humano se apropria da matéria. O Homem sempre usufruiu do meio ambiente sem se preocupar com uma possível escassez dos recursos naturais pois, acreditava que os mesmos eram infinitos. Nos primórdios esse uso, despreocupado, não se caracterizava como um problema, pois havia um equilíbrio entre a interferência humana no meio ambiente e a capacidade deste se “recompor”.

Com o passar do tempo essa relação começou a entrar em desequilíbrio, tendo como principal causa o aumento populacional advindo primeiramente da passagem do modo de viver: antes nômades e agora sedentários. Este novo estilo de vida fez com o que o Homem utiliza-se de forma mais intensa uma mesma área, além de provocar mudanças no meio natural para atender suas necessidades.

Por volta do século XVIII ocorreu o “boom” populacional causado pela primeira revolução industrial, onde muitas pessoas migraram para a cidade, ocupando de maneira desordenada os centros urbanos. O precário estado dessas habitações e a alta jornada de trabalho, na qual os operários eram obrigados a cumprir, resultou em uma baixa qualidade de vida.

O meio ambiente passou a ser explorado sem limites, degradando e poluindo intensamente os recursos naturais. Quanto aos resíduos desta nova realidade, onde há um predomínio da atividade industrial, temos a disposição inadequada dos resíduos sólidos, o lançamento dos efluentes em corpos hídricos e o lançamento indiscriminados de poluentes atmosféricos.

Diante deste uso desenfreado dos recursos naturais e da notória agressão causada ao meio ambiente, a idéia de que os mesmo eram ilimitados começou a ser questionada cada vez mais.

Rachel Carson foi uma das pioneiras a atentar para as questões ambientais e alertar os demais, para o risco de continuar com esse modelo insustentável, laçando em 1962 o livro intitulado em português: Primavera Silenciosa.

Desde então muitos outros personagem surgem para questionar a relação insustentável do Homem com o meio ambiente. Essa relação instável provocava a poluição, e muitas vezes a contaminação, do ar, solo e água.

Além da poluição dos bens ambientais, essenciais à vida humana, também podemos destacar a perda de diversidade animal (por conta da caça predatória) e vegetal (devido ao desmatamento).

Toda essa interferência na natureza tem como conseqüência ao ser humano o surgimento de doenças, catástrofes ambientais e péssima qualidade de vida.

Com o intuito de discutir os problemas ambientais surgem as conferências sobre o clima, tendo como principal foco, buscar um consenso entre os países, para diminuir a emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE), principais causadores das mudanças climáticas.

Hoje a conservação do meio ambiente está na pauta das discussões políticas e da sociedade em geral. Nesse novo contexto socioambiental surgem as Organizações Não Governamentais (ONG’s) em prol da natureza, em que o principal objetivo é proteger o meio ambiente para que seja garantido o direito das gerações futuras de usufruir dos recursos naturais hoje presentes.

Muitas empresas privadas passam a se readequar para atender esta nova demanda, este novo mercado consumidor que se preocupa com a origem do produtor que esta comprando e do impacto que ele causou ao meio ambiente.

No intuito de garantir este mercado muitas empresas vêm investindo em novas tecnologias que impacte menos negativamente o meio ambiente, além de investir em projetos sociais e ambientais.

As certificações ambientais buscam dar ao consumidor a garantia que o produto ou serviço certificado não esta prejudicando o meio natural sendo considerado assim ambientalmente correto.

Apesar de termos a sensação de que as questões ambientais não são tratadas com a atenção que deveriam e que muitos usam deste tema para se promover, depois de fazer esta pequena retrospectiva podemos dizer com toda a certeza que avançamos muito quanto falamos em meio ambiente.

Mas sabemos que ainda temos muito por fazer para podermos ser considerados uma sociedade ambientalmente correta, foram anos acreditando que não era necessário conservar o meio ambiente, para quebrarmos este paradigma será necessário muitos anos, talvez décadas, mas é certo que um geração futura irá alcançar esse equilíbrio que buscamos, para isto temos que começar desta agora, eu estou disposta a colaborar e você?




segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Victoria’s Secret utiliza mão de obra infantil na produção de algodão orgânico?

 
Foto 1 / 1: Clarisse Kambire, 13, uma criança que trabalha, à esquerda, e sua colega carregam cestos de vime cheios de algodão colhido a mão com o selo de comércio orgânico justo em Benvar, Burkina Faso l Foto: Chris Ratcliffe/Bloomberg

A revista Bloomberg Markets Magazine acusa a Victoria’s Secret de utilizar mão de obra infantil na produção de algodão orgânico. A empresa comercializa lingeries e produtos de beleza para o público feminino e é reconhecida mundialmente.

Mais uma grife de luxo entrou para a lista de marcas famosas acusadas de exploração infantil. De acordo com o repórter Cam Simpson, que apurou o caso por seis semanas, a prática ocorre na produção de algodão em fazendas de Burkina Faso, na África. As fibras produzidas são levadas para fábricas na Índia e no Sri Lanka, onde é feito o tecido e depois as lingeries da grife.

Um estudo da Federação Nacional do Algodão de Burkina, publicado em 2008, já havia afirmado que diversas crianças são forçadas a trabalhar no país na produção de algodão, sendo que muitas delas são retiradas de orfanatos. O repórter Simpson foi até o local verificar a situação e conheceu Clarisse Kambire, de 13 anos, que ainda de madrugada é acordada por um agricultor para trabalhar.

O tratamento não poderia ser pior, desde cedo já é ordenada a se submeter ao trabalho indesejado e logo se levanta de um tapete de plástico que serve como colchão. A menina sabe que apanha se não obedecer. “Fico pensando qual será a próxima vez que ele gritará comigo e me baterá”, disse a garota ao repórter. Muitas vezes ela passa o dia inteiro sem comer nada.

Os pais de Clarisse se separaram quando tinha quatro anos. Ela viveu até os nove anos com parentes, quando uma tia a abandonou na aldeia de Benvar em Burkina Faso. No local foi “adotada” por um agricultor que a obriga a trabalhar.

Assim como ela, foi identificado, pela Federação, que mais da metade dos 89 produtores pesquisados na região tinham 90 filhos adotivos com menos de 18 anos. Ainda que não fosse uma criança, o esforço pesado da fazenda deveria ter o apoio de equipamentos industriais, mas tudo é feito pela força braçal.

É surpreende que a propriedade seja certificada com um selo de sustentabilidade de comércio justo. O padrão de qualidade deveria garantir que tais práticas não ocorressem. A Federação nacional dos produtores de Burkina Faso são os responsáveis por administrar o programa de certificação. O fato expõe, para dizer o mínimo, a falha no sistema de certificação de matérias-primas sustentáveis.

Desde 2007, a Victoria’s Secret compra algodão da fábrica africana e afirma que não teve conhecimento sobre o estudo que denunciou a exploração infantil na região. Apesar da suposta falta de conhecimento, a grife não teve receio de criar uma etiqueta que dizia: “A Victoria’s Secret está comprometida a apoiar mulheres que possuem e operam pequenas fazendas em Burkina Faso, um país do oeste africano que luta contra a pobreza endêmica”. A linha especial de peças de algodão foi exclusiva para o dia dos namorados. Com informações do
portal iG.

FONTE: CicloVivo - Plantando Notícias

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Sustentabilidade Organizacional

Por Ana Cássia Cruz Araújo

A abordagem ambiental presente nas atividades empresariais deixou de ser um elemento diferencial de mercado e passou a ser encarada como filosofia de trabalho e sobrevivência organizacional para algumas empresas. O pensamento sustentável precisa ir além do “pensar”. É necessário por em prática, manter o sistema e ir além dos limites da organização. Tão importante quanto a implantação e manutenção de atitudes sustentáveis é sua propagação para a sociedade. O modelo de sustentabilidade ideal não pode ser limitado por muros ou paredes. Deve se expandir e levar o conceito proposto na organização para o meio em que a mesma está inserida.

É importante ter a consciência que uma organização é apenas um componente do meio. Ser uma ilha de sustentabilidade em meio às ações degradantes das pessoas que a cercam não faz parte de um modelo sustentável consciente. Não adianta ser um exemplo de sustentabilidade dentro da empresa e ao sair fechar os olhos para a degradação do homem ao meio ambiente.

O processo de ampliação da abrangência do sistema de gestão sustentável de uma empresa para o meio social não é tarefa fácil, e uma peça essencial neste processo é seu colaborador. Ele será o agente multiplicador das ações sustentáveis que a organização desenvolve, levando as boas práticas para dentro de sua casa, familiares, amigos, que repassarão os conhecimentos para outras pessoas.

Ser sustentável dentro dos limites da empresa é limitar a manutenção de um mundo melhor, e para melhorá-lo é preciso melhorar as pessoas que nele habitam e que dele precisam, mas que muitas vezes por falta de informação e incentivos, acabam o degradando. Tão importante quanto ter seu pensamento sustentável é levá-lo ao maior número de pessoas. Pensar no mundo que deixaremos para as próximas gerações é importante, mas é preciso antes pensar que pessoas que deixaremos para o mundo no futuro. É preciso que preparemos cidadãos mais conscientes de suas responsabilidades para com o meio ambiente. Assim, garantiremos um mundo melhor e mais sustentável.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Logística Reversa

Por Camila Cruz Araújo

Logística reversa caracteriza-se pelo sistema que planeja, opera e controla o fluxo dos diversos produtos pós-venda, agregando a estes bens valores econômicos, ecológicos, legais, entre outros, melhorando assim, a imagem das empresas que produzem esses processos.

Observamos que a logística tradicional trata do fluxo dos produtos da fábrica até o cliente, já a logística reversa trata do retorno dos produtos, materiais e peças do consumidor final ao processo produtivo da empresa. Isso ocorre devido a alguns fatores preponderantes como: legislação ambiental, imagem da empresa com relação à sociedade civil (que hoje, em muitos lugares vê a questão ambiental como fator determinante para obtenção de um produto ou de um serviço) e também por grande influência de organizações não governamentais, entre outros. Por esses motivos as empresas estão adotando cada vez mais material reciclado em seu processo produtivo, assim como também passaram a se preocupar com o correto descarte dos produtos que não possam ser reutilizados ou reciclados.

Um dos grandes pontos pensados na logística reversa é a reinserção do produto no comércio – através da reutilização - ou no ciclo de produção – através da reciclagem -, ou caso seja inviável o retorno do produto, o correto descarte, como já mencionado. Quando dos dois primeiros, a logística reversa ocupa-se também em agregar valor econômico ao produto depois de sua volta ao elo comercial, este sendo inicialmente, o motivo mais evidente para as empresas se interessarem por fazê-la. Atualmente, outro fator que tem tornado a logística reversa bastante interessante é a competitividade, pois muitos consumidores já veem com bons olhos empresas que pensam e agem com consciência ambiental.

Esperamos que um dia todas as empresas, indústrias e organizações vejam os benefícios da logística reversa e que façam com que seus objetivos de implementação venham a ser responsabilidade pelos seus produtos, em todas as fases de produção, desenvolvendo assim parcerias de colaboração entre a empresa e seus clientes, proporcionando a preservação da natureza e conseqüentemente colaborando com a melhoria na qualidade de vida da sociedade em geral.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Caso Real e Princípios da Participação que Podem Conduzir à Participação Popular nas Questões Ambientais

Por Erik Brasil Oliveira - aluno do Curso de Extensão em Sustentabilidade e Gestão Ambiental.

O projeto pioneiro do município Santana do Acaraú de elevar a democracia a um patamar bem mais coerente e presente – através da criação de Conselhos Populares, bem mais próxima dos reais anseios sociais e mais distante da mística do poder dos representantes eleitos, é uma experiência inspiradora repleta de coerência, apesar dos inevitáveis questionamentos e oposições à sua efetiva implementação por motivos relacionados à manutenção do status quo mantenedor do poderio de minorias. As decisões e participação direta em várias questões, inclusive ambientes, pode ser implementada de uma maneira muito mais autêntica e de acordo com as demandas das populações locais.

É fato que as resistências à participação popular nas democracias aristocráticas sempre existiram, entretanto, as democracias, pelo menos em tese, já não mais são aristocráticas, são representativas da vontade das maiorias, mesmo que essas vontades possam ser dissuadidas ou mesmo manipuladas. O trato da coisa pública deve ser entendido também como trato do ambiente, da preservação e sustentabilidade ambiental. Conforme Bordenave (1994), no caso real exemplificado em Santana do Acaraú, a participação popular além de legítima concretiza o princípio de participação ativa, pois confere ao cidadão espaço e voz para comunicar suas reivindicações perante o poder público, o princípio da passividade cai por terra e o cenário é de atuação plena, por vezes conflitante, mas essa é a característica da democracia: conciliar desejos e necessidades por vezes antagônicos.

Democracia é conciliar interesses e concretizar ações que visem ao bem do maior número possível de indivíduos que são partes integrantes de uma coletividade que foi organizada para garantir o bem e evolução em nível macro e não micro. Portanto, a sustentabilidade ambiental é pauta que também veio para estar presente nos debates e deliberações de conselhos populares.

REFERÊNCIAS:

BORDENAVE,J.E.D. O que é participação?; 8ª ed.;São Paulo: Brasiliense;1994

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Coletividade Esquecida

Fonte da imagem > Última Hora - DN

Por Ana Clara Alves

Aqueles que dependem do transporte coletivo para se locomover em Fortaleza certamente sabem o que é presenciar inúmeras atitudes insustentáveis, em diversos sentidos. Entretanto, este texto busca fazer, apenas, uma breve reflexão a respeito do descarte de lixo através das janelas desses coletivos ( a situação também é grave nos pontos de espera).

É interessante perceber a concepção de “educação” de algumas (várias) pessoas. Quando ônibus ou vans param em sinais de trânsito, essas pessoas se apresentam sempre educadas, para receber panfletos (ver “panfletistas descumprem lei”). Em seguida, ainda educadamente, prendem os panfletos entre os vidros das janelas, na lateral do acento, ou ainda esperam o veículo se mover para soltar o papel “ao sabor do vento”.
O argumento de que não há lixeiras é a justificativa mais utilizada para esse tipo de comportamento: “Sim, sou mal educado, porque não há lixeiras; do contrário, eu seria um exemplo de cidadão”.
Além do descarte dos panfletos, há ainda o descarte de garrafas de água mineral, latas de refrigerante ou cerveja, espigas de milho, pacotes de salgadinhos, embalagens de balas, gomas de mascar, entre outras coisas.
Mas o que poderia ser feito para conscientizar as pessoas de que, mesmo com a ausência de lixeiras, a sociedade e o meio ambiente não são obrigados a conviver com o lixo lançado nas ruas?
A “Fortaleza Bela” é uma boa proposta, mas que não é/foi bem executada. Talvez seja preciso focar em núcleos, para atingir o todo.
Quem sabe uma campanha de conscientização, começando pelo transporte coletivo, onde é possível atingir muita gente de uma só vez, possa “dar a partida” para um movimento que traga mudanças quanto ao descarte do lixo na cidade.
Quando estão bem-informadas, as pessoas passam a entender os problemas e a pressionar de maneira mais inteligente pelas transformações necessárias. Só assim a política muda de qualidade”, aponta Ladislau Dowbor, especialista em economia política e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo”.
Sim, o povo deve cobrar mais lixeiras, mais suporte, mais respeito. Mas, para isso, precisa de educação e compromisso.
Dica de leitura complementar > “Uma cidade para chamar de nossa” (matéria da Revista Página 22).

Desmistificando a Energia Eólica no Brasil

Por Natália Maria Palmeira de Alencar


No atual contexto ambiental, em que há urgente necessidade de redução de emissão de poluentes, quando se pensa em energia renovável, as hidrelétricas ainda são vistas como as mais viáveis. Mas e quanto à energia limpa? Hidrelétricas, apesar de não serem poluentes, como termelétricas, ainda geram impacto ambiental e necessitam de grande gasto com manutenção.
Qual seria a solução? É nesse momento da discussão que as “energias alternativas” são lembradas. A geração de Energia Eólica tem avançado no mundo, não apenas líder entre os BRICS, a China vem mostrando liderança mundial nos investimentos no setor. O contraste é que a China ainda possui grande parte de sua energia gerada a partir de combustíveis fósseis, e vem investindo para fazer a transição para a geração de energia limpa, enquanto o Brasil, que tem plenas condições físicas para desenvolver o potencial energético eólico, ainda o faz insuficientemente. A questão é: por que?
Estudos recentes mostram que o potencial energético eólico do Nordeste, sozinho, seria capaz de suprir dois terços da demanda energética nacional. O que seria atingido caso cada área com “bons ventos” no território brasileiro fosse aproveitado? Ainda existiria necessidade de construção de hidrelétricas bilionárias, com grandes impactos socioambientais? A negativa é simples e automática.
Os contra argumentos focam nos elevados preços de instalação de um parque eólico. Sim, é verdade que o investimento inicial é alto, mas há de se convir que a autosuficiência de uma turbina eólica, que não necessidade de abastecimento nem para iniciar sua operação, aliada a pouca necessidade de manutenção de uma turbina, que tem duração média de 20 anos, compensam o gasto. É necessária uma abordagem visionária, que não foque apenas na necessidade de aumento de demanda de energia atual, e sim, no futuro.
Se antes as torres eram limitadas a 50m, com o avanço tecnológico, as torres chegam a 120m de altura, aumentando a capacidade de geração de energia de cada turbina.
O Brasil deve se espelhar no exemplo de países como Alemanha e China e complementar sua matriz energética com seu vasto potencial eólico, e o governo deve ajudar a vencer a barreira financeira, dando incentivos para a expansão do setor.Priorizando o setor, será conseqüente o barateamento da montagem dos parques eólicos, que podem ainda dividir terreno com outras atividades, como agricultura e pecuária. É preciso romper com os antigos modelos e domínios energéticos e amarras políticas envolvidas e investir no progresso.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

PROGRAMA "SELO MUNICÍPIO VERDE"

Tailena Fabrício Aluna do curso de Tecnologia em Gestão Ambiental (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE)

O Programa Selo Município Verde (PSMV) foi instituído pela Lei estadual nº 13.304/03, regulamentada pelos Decretos nº 27.073 e 27.074, de 2003, e pretende identificar os municípios cearenses que atendam a critérios pré-estabelecidos de conservação e uso sustentável dos recursos naturais e que promovam a melhoria na qualidade de vida para as gerações presentes e futuras (HEMPEL, 2005). Também prevê uma premiação ao município que melhor atenda aos critérios de qualidade ambiental: o Prêmio Sensibilidade Ambiental (CARTILHA PSMV, 2011).
            Todo o processo de implantação, funcionamento e controle das atividades que atestam e conferem a certificação ambiental Selo Município Verde aos municípios é acompanhado por um Comitê Gestor, cuja presidência é exercida pelo Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente – CONPAM, tendo como Secretaria Executiva a Superintendência Estadual do Meio Ambiente – SEMACE, sendo um colegiado, de caráter institucional, é formado por representantes de instituições públicas, universidades e representantes da sociedade civil organizada (CARTILHA PSMV, 2011).
            Para a participação dos municípios no PSMV é necessário que eles possuam Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – COMDEMA, que é responsável pelos dados enviados ao Programa, bem como pela mobilização e articulação social da comunidade local (HEMPEL, 2005).
            Para a metodologia de aplicação deste instrumento de certificação ambiental dos municípios foram estabelecidos significâncias e peso para diversas variáveis dos três tipos de avaliações: por gestão ambiental, por desempenho ambiental e por mobilização ambiental (CABRAL, 2005). Os valores de significância e peso são passíveis de revisão em cada edição por se tratar de um instrumento de certificação onde pressupõe constante atualização de dados e informações sociais, culturais, econômicas, políticas e ecológicas (CABRAL, 2005). Os resultados das avaliações são externados nos seus respectivos índices, de gestão ambiental (IGA), de desempenho ambiental (IDA) e de mobilização ambiental (IMA) (CABRAL, 2011).
            Em 2004, os municípios foram avaliados somente pelo Sistema de Avaliação de Gestão Ambiental. De 2005 em diante, foram acrescentados os Sistemas de Desempenho Ambiental e Mobilização Ambiental (CONPAM, 2009).
O Programa Selo Município Verde surge não só como um incentivo às municipalidades para que estas implementem suas políticas ambientais, como, também, cria canais para a efetiva participação da sociedade nas definições das suas necessidades e no estabelecimento de suas prioridades (AZEVEDO, 2005). Seu grande mérito é inserir o meio ambiente, efetivamente, nas discussões, preocupações e compromissos de todas as instâncias da sociedade, por meio das reuniões de mobilização, da criação dos COMDEMAs e de projetos de educação ambiental (AZEVEDO, 2005).
Em sua última edição (2011), 96 municípios cearenses inscreveram-se no Programa, dos quais 39 conseguiram a certificação. Destes 39, seis municípios receberam a certificação pela primeira vez: Brejo Santo, Piquet Carneiro, Farias Brito, Jaguaruana, Jaguaribe e Jijoca de Jericoacoara (CONPAM, 2011).
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO, M. S. F. Programa Selo Município Verde: promovendo a qualidade ambiental do Ceará. Artigo apresentado no Seminário “ICMS Ecológico do Ceará: A conservação da natureza nos municípios”. Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará, 2005. Cartilha UFC/Associação Caatinga, 2006.
CABRAL, N. R. A. J. Certificação Ambiental dos Municípios e a Gestão Ambiental Local. Artigo apresentado no Seminário “ICMS Ecológico do Ceará: A conservação da natureza nos municípios”. Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará, 2005. Cartilha UFC/Associação Caatinga, 2006.
CABRAL, N. R. A. J. Análise do Programa Selo Município Verde como instrumento de política ambiental: o caso dos municípios de Caucaia e Tauá/CE. Relatório Técnico do Projeto PIBIC/CNPq 002/2011 PRPI. Fortaleza: CNPq, 2011.

CONPAM – CONSELHO DE POLÍTICAS E GESTÃO DO MEIO AMBIENTE. Últimas Notícias: Programa Selo Município Verde. Disponível em: <http://www.conpam.ce.gov.br/noticias/selo-verde-conpam-divulga-relacao-dos-39> Acesso em: 12 dezembro. 2011.

CONPAM – CONSELHO DE POLÍTICAS E GESTÃO DO MEIO AMBIENTE. Programa Selo Município Verde. Tabela dos municípios certificados. Disponível em: <http://www.conpam.ce.gov.br/categoria1/seloverde/2009>. Acesso em: 05 setembro. 2011b.

CARTILHA PSMV. Cartilha Programa Selo Município Verde. Fortaleza: Governo do Estado do Ceará, 2011.

HEMPEL, W. B. ICMS Ecológico: uma avaliação dos potenciais impactos no Ceará. Artigo apresentado no Seminário “ICMS Ecológico do Ceará: A conservação da natureza nos municípios”. Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará, 2005. Cartilha UFC/Associação Caatinga, 2006.

"Panfletistas descumprem lei"

Sujeira na cidade é uma das consequências da distribuição de panfletos, folderes e encartes nas ruas e avenidas. Ato que ocorre, principalmente, em cruzamentos e estacionamentos
MARÍLIA CAMELO

Semam promete punir as empresas reincidentes na distribuição irregular do material de propaganda

A distribuição de panfletos de propaganda, seja entregue em mãos ou deixada nos vidros de carros, é proibida em Fortaleza há 12 anos, desde 1998. No entanto, a legislação municipal é ignorada diariamente.

Em menos de duas horas circulando pelas ruas e cruzamentos do Centro, Aldeota e Dionísio Torres, a equipe de reportagem conseguiu acumular, no carro, 22 impressos publicitários. Em todos os cruzamentos visitados na cidade, percebeu-se que muitos dos papéis de propaganda iam direto para as ruas e esgotos.

Ao realizar a limpeza em galerias do Centro, o gari Roberto Batista conta que já chegou a recolher, em um só dia, mais de 15 sacos de lixo de 100 litros, lotados de panfletos.

Para a coordenadora da equipe de combate à poluição visual da Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam), Maria Luiza Távora, o grande problema, entretanto, está na falta de consciência socioambiental dos anunciantes. "Há pouco tempo, recolhemos um numero significativo de folders, nos sinais e no Centro, e enviamos ofício a essas empresas, explicando que esse tipo de publicidade é proibido por lei, a não ser que venha dentro dos jornais", disse Maria Luiza.

Quem recebe uma grande quantidade de material nas ruas não tem condições de desfazer-se adequadamente do lixo, diferente de quem obtem em casa, observa a gestora. "Não adianta falar com quem distribui os panfletos, temos de notificar, de fato, as empresas, vamos voltar a insistir com isso, e aquelas que forem reincidentes serão penalizadas conforme a legislação", acrescenta ela.

O surgimento de empresas especializadas na distribuição de panfletos em sinais tem crescido porque torna-se mais barato fazer a distribuição nas ruas do que encartá-los corretamente dentro dos jornais, observa o publicitário Victor Novaes, da agência Aldeia Propaganda.

"Muitos clientes têm resistência em fazer da maneira correta por causa do custo, mas se pudermos orientar, informamos que o adequado é utilizar o impresso no ponto de venda, ou em feiras, eventos. Além do mais, essa propaganda nem é mais tão efetiva porque a maioria das pessoas nem abre o vidro dos carros", observa Novaes.

A constatação é a mesma para a panfletista Valdenívea Vasconcelos. "Para cada dez mil carros que passam, só quatro mil abrem o vidro, são muitos aqueles que não recebem", disse. A conta que ela faz tem como base a sua missão diária: entregar dois milheiros por turno.

Em troca, a maioria do panfletistas recebe R$ 195s por quinzena, alguns contam com transporte e alimentação.

Todo o trabalho é realizado sob fiscalização. Para garantir que o material vá para a mãos do público-alvo, algumas empresas oferecem o serviço de vigilância. Na tarde de ontem, um "fiscal" contou que estava encarregado de visitar cerca de seis cruzamentos da cidade, por no mínimo, quatro vezes.

Fique por dentro
O que diz a legislação
É proibida a divulgação de propaganda/publicidade através de volantes ou folhetos de qualquer natureza distribuídos manualmente ou lançados em logradouros públicos;

A inobservância das disposições da lei sujeita aos responsáveis pelo anúncio às seguintes punições: I - multa, II-cancelamento da licença;

III - remoção do anúncio

(Fonte: Artigo 9º da LEI No 8221 de 1998, que dispõe sobre a propaganda e publicidade no município de Fortaleza e dá outras providências)

JANAYDE GONÇALVES
REPÓRTER

FONTE: Cidade - DN

"O risco dos antigos lixões"

Lixões inativos em Fortaleza ainda são áreas de risco para população que moram sobre eles. O POVO começa hoje série de matérias sobre lixões que existiram de 1956 a 1998. Eles podem esconder perigos pouco investigados.
Grandes bairros de Fortaleza, outrora, abrigaram inícios de desdém, sobre marcas de rejeição. Em cima de grandes lixões que existiram na Capital, famílias construíram vida diante da teimosia de enfrentar os riscos. Riscos que, ainda hoje, estão à espreita. Monte Castelo, Barra do Ceará, Antônio Bezerra, Henrique Jorge e Jangurussu trazem capítulos de um passado que, desde então, podem estar maturando tragédias.

O POVO foi em busca desses espaços para verificar os possíveis impactos para a população, que, ao longo dos anos, se apropriou da área, renegou os perigos, mas faz questão de contar as dificuldades. E os medos. Oficialmente, os lixões da Capital existiram de 1956 até 1998, quando o último deles, Jangurussu, foi desativado.

Rachaduras
Na comunidade do Buraco da Gia, no Antônio Bezerra, ainda é possível ver o contorno das rampas sobre as quais as casas foram erguidas. O principal lixão de Fortaleza existiu por lá nos anos 1966 e 1967. O operador de recepção, Antônio José Sampaio, 41, não era nascido, mas conta as histórias que ouvia dos familiares. “Diziam que era muito lixo, um fedor danado”. Ele nos guia a locais onde “acontecem coisas” que não entende. “Aqui, ó (aponta com ênfase para as rachaduras nas casas). De vez em quando, a gente precisa refazer umas paredes”, explica.

O que é um enigma para Antônio tem fácil explicação para o engenheiro sanitarista e ambiental Francisco Vieira Paiva. Ele diz que a instabilidade do terreno pode estar gerando as constantes rachaduras. “É um perigo iminente. As rachaduras significam que o terreno não está completamente estabilizado e se movimenta. O recalque, como chamamos, acontece porque áreas onde existiram lixões são terrenos frágeis, que demoram muitos anos para se consolidar. Pode haver afundamento das camadas do solo, com o peso das construções”, adverte.

Segundo o professor Paiva, a existência do gás metano e do líquido chorume, altamente tóxicos, resultantes da decomposição da matéria orgânica, é quase improvável na área.

Pela Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, lixões e descartes inadequados se configuram como crimes ambientais. Até 1998, eles existiram em Fortaleza deixando tristes heranças à saúde ambiental e sanitária da Capital. “São situações que podem desencadear grandes tragédias a qualquer momento, algumas são vistas a olho nu. Outras, o tempo tem escondido, mas pode surpreender”, alerta o supervisor do núcleo de impacto ambiental, da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), José William Henrique de Sousa.

O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
O POVO inicia hoje série de matérias sobre os riscos que podem estar escondidos em lixões desativados. Perigos de explosões, pelo gás metano, de deslizamento de terra, de contaminação do lençol freático ainda são iminentes em alguns deles.

Sara Rebeca Aguiar
sararebeca@opovo.com.br

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

"VII Congreso Brasileiro de Agroecologia"


12 a 16 de dezembro de 2011 - no Centro de Convenções do Ceará / Fortaleza

Partindo do pressuposto de que há um conjunto de crises que afetam o atual modelo de desenvolvimento, a Agroecologia se propõem como alternativa e está se afirmando cada vez mais como estratégia para o desenvolvimento rural com sustentabilidade multidimensional. Com base em diversas áreas do conhecimento a Agroecologia estuda os processos de desenvolvimento a partir de um enfoque sistêmico, adotando o agroecossistema como unidade de análise, valorizando os sistemas e as lógicas camponesas, e apoiando a transição de modelos agroquímicos e de desenvolvimento rural convencional para estilos de agriculturas e de desenvolvimento rural mais sustentáveis.

Com base nesse entendimento as discussões sobre esse tema têm sido aprofundadas em espaços acadêmicos e no diálogo com as distintas realidades, em que os movimentos sociais e ONGs em rede atuam, buscando uma aproximação entre a teoria e a prática da agricultura familiar agroecológica. Com esse intuito o Congresso Brasileiro de Agroecologia, agora na sua sétima edição, oportunizará a reunião de profissionais, estudantes e agricultores/as de todo o país e do exterior para intercambiar os conhecimentos, as experiências e promover deliberações e orientações para a ação e a construção do conhecimento sob o enfoque agroecológico. Como resultado espera-se um avanço na concepção científica e metodológica da Agroecologia, construída a partir de reflexões coletivas.

A sétima edição do Congresso Brasileiro de Agroecologia (VII CBA) será realizada na cidade de Fortaleza, capital do Estado do Ceará, numa parceria entre a Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), o Governo do Estado do Ceará, através da Secretária de Desenvolvimento Agrário (SDA), o Instituto Agropólos, a Universidade Federal do Ceará, através do Centro de Ciências Agrárias, Centro de Ciências, Centro das Humanidades e Centro de Saúde, a Universidade Estadual do Estado do Ceará (UECE), a Empresa de Assistência Técnica de Extensão Rural do Ceará (EMATER – CE), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) – com suas Unidades no Nordeste – Agroindústria Tropical, Tabuleiros Costeiros, Semiárido, Algodão e Ovino Caprinos – a Federação dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais no Estado do Ceará (FETRAECE), a Fundação Konrad Adenauer, o Núcleo de Trabalho Permanente em Agroecologia da Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB), o Fórum Cearense pela Vida no Semiárido, a Rede Cearense de ATER, a Associação da Rede Cearense de Agroecologia – ARCA, o Núcleo Tramas, o Instituto de Permacultura e Ecovilas, o Núcleo de Estudos e Pesquisas Permaculturais no Semiárido/NEPPSA/UECE, a Sociedad Española de Agricultura Ecológica – SEAE, entre outras entidades.

Tanto o Estado do Ceará como a região Nordeste tem a oferecer numerosas experiências agroecológicas nas comunidades rurais e em assentamentos, como também um grande número de pesquisas e projetos de extensão em instituições governamentais e não governamentais.

Por sua vez, o Congresso trará para o Estado do Ceará a oportunidade de uma articulação maior entre os estados, do Nordeste e do Brasil, consolidando as redes agroecológicas locais e regionais, dando visibilidade aos projetos exitosos, boas práticas em andamento que poderão ser socializados entre as diversas delegações presentes e divulgados para outros estados e regiões do país impulsionando trabalhos acadêmico-empíricos nas Universidades e Instituições de Pesquisa e Extensão; assim como sistematização de experiências na visão dos/as próprios/as agricultores/as experimentadores/as multiplicadores/as.

Confira tudo sobre o Congresso no site > http://www.cbagroecologia.org/