sexta-feira, 30 de março de 2012

"Barco-escola será utilizado na APA da Lagoa do Uruaú"

O presidente do Conselho Estadual de Políticas do Meio Ambiente (Conpam), Paulo Henrique Lustosa, estará em Beberibe, nesta sexta-feira, para assinar convênio com o prefeito Odivar Facó. O convênio, a ser firmado às 9 horas, possibilitará a utilização de uma embarcação, tipo catamarã, em Programa de Educação Ambiental Barco-Escola. O evento ocorrerá na sede da APA da Lagoa do Uruaú. O ato marcará o encerramento das atividades da Festal Anual das Árvores.

A partir de agora, o barco que foi adquirido com recursos do FNDE, e é utilizado para a travessia de estudantes no rio Pirangi, quando está muito cheio, terá novas atividades. Com capacidade para 20 alunos, devidamente equipados, será utilizado para o Programa de Educação Ambiental. As crianças terão uma aula viva, conhecendo os mangues, com passeio dentro da lagoa.

Os alunos do ensino fundamental da rede pública municipal, segundo a assessoria de imprensa do Conpam, receberão aulas sobre educação ambiental dos técnicos desse órgão, da Semace, do Instituto Chico Mendes e da Prefeitura de Beberibe.

quinta-feira, 29 de março de 2012

CONVITE! II Seminário para a Rio +20




O Comitê Cearense para a Rio+20 convida a sociedade civil cearense para o II Seminário para a Rio +20 no Anfiteatro Willis Santiago Guerra da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC), no dia 29/03/12 (quinta-feira), às 19h.

Entre os palestrantes teremos:

A professora, Doutora em Direito Internacional Público pela Université Paris Descartes e Pós-Doutora pela Universidade Federal do Ceará, Tarin Cristino Frota Mont'Alverne.

O professor, Doutor em Planejamento Ambiental pela Technische Universität-Berlin, José Carlos Lázaro Filho.

Os assuntos abordados estão relacionados à Conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável, a Rio+20.

A Faculdade de Direito da UFC situa-se à rua Meton de Alencar, sem número, Centro, em frente à praça Clóvis Bevilácqua, popularmente chamada de Praça da Bandeira.


Link do grupo do Comitê Cearense para a Rio+20 no Facebook: http://www.facebook.com/events/389012514456932/


Observação: O Professor José Carlos Lázaro solicita aos alunos do Curso, que se programem para participar do evento, sobretudo os que não puderam ir ao encontro da turma no sábado passado.

terça-feira, 27 de março de 2012

"Congresso Internacional Virtual debaterá temas da Rio+20"

“Sem gastar dinheiro com transporte e hospedagem, cientistas, estudantes e representantes da sociedade civil estarão reunidos durante três semanas, por meio da internet, no Congresso Internacional Virtual. Entre os temas estão a economia verde e a inclusão socioprodutiva pela agricultura familiar. A ideia é debater previamente, de 9 a 30 de abril, os temas que serão levados para a Rio + 20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorrerá de 13 a 22 de junho.
A realização desse congresso é do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura. O coordenador do evento pelo MDA, Guilherme Abrahão, destacou que um dos desafios é colocar a agricultura familiar como indutora do desenvolvimento sustentável dentro dos debates centrais da Rio + 20.
Abrahão disse que o Congresso Internacional Virtual está preparado para receber até 10 mil inscrições, mas que a expectativa é que haja participação de 3 mil a 5 mil pessoas.
SERVIÇO
* As inscrições já estão abertas e são gratuitas, na página www.congressorio20.org.br, onde podem ser encontradas mais informações sobre o evento.

Entrevista com o economista ecológico Peter May, na Revista ComCiência.

Dica da Melca Rabelo no Facebook

Por Germana Barata
10/03/2012


Peter May, economista ecológico fala do papel de liderança do Brasil na Rio+20 e sobre a necessidade de mudança de paradigma na economia mundial 


A economia verde é um dos conceitos chave da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que terá início em 20 de junho no Rio de Janeiro. Embora ele pareça novo, já estava embutido no conceito de desenvolvimento sustentável, que ganhou o mundo, sobretudo, a partir da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável em Joanesburgo, em 2002, na qual os países reafirmaram os compromissos com o meio ambiente firmados durante a Rio 92. Nesta entrevista àComCiência, Peter May levanta algumas questões e interesses por trás desse conceito.

Especialista norte-americano em economia dos recursos naturais, May veio para o Brasil em 1983 para um doutorado sanduíche e acabou trocando a então maior economia do mundo, pela maior biodiversidade mundial. Naturalizou-se brasileiro e foi um dos fundadores da economia ecológica no Brasil, marcada pela fundação da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica, em 1993, e hoje atua como professor associado do curso de pós-graduação em ciências sociais em desenvolvimento, agricultura e sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). 


Ao longo dessa entrevista, May fala do papel que o Brasil deve desempenhar na Rio+20 e aborda a necessidade de uma mudança de paradigma na economia mundial. "Desenvolvimento não é a mesma coisa que crescimento", enfatiza. Nesse novo cenário, que se delineia a partir do debate entre as lideranças mundiais, ele defende a necessidade de se criar políticas que garantam o acesso à tecnologias verdes: "os direitos de propriedade intelectual sobre elas devem ser completamente livres".

Clique AQUI e leia a entrevista na íntegra. 

segunda-feira, 26 de março de 2012

"Sesi lança programa de sustentabilidade para micro e pequenas empresas"

Será lançado nesta terça-feira o projeto “Condições de Trabalho Sustentáveis para Melhor Desempenho das Micro e Pequenas Empresas. Isso ocorrerá a partir das 8 horas, num café da manhã na sede da Federação das Indústrias do Estado.
O Ceará foi o único estado nordestino contemplado com esse projeto, uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Serviço Social da Indústria (SESI), em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)/Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin).
O projeto visa o fortalecimento da cultura da sustentabilidade como fator da competitividade nas indústrias por meio da adoção de  práticas de responsabilidade socioempresarial.

sexta-feira, 23 de março de 2012

"UFC e Setur assinam convênio para acompanhar instalação do Acquário Ceará"

O Reitor Jesualdo Farias, da UFC, ao assinar o termo de cooperação técnica entre o Instituto de Ciências do Mar (Labomar) e a Secretaria de Turismo do Estado do Ceará, citou os vários momentos em que a Universidade participa dos empreendimentos do Governo do Estado.





Segundo ele, tal presença se dá em etapas que vão desde os primeiros passos da discussão até a formação de profissionais qualificados para trabalhar. Como exemplos, o dirigente destacou o Porto do Pecém, o Metrofor, o Centro de Feiras e Eventos, a refinaria, a siderúrgica e, agora, o Acquário Ceará.

O secretário de Turismo, Bismarck Maia, informou que há quatro anos, quando a Setur sinalizou com a possível construção do Acquário, já tinha como condição "sine qua non" fazer parceria com o mundo acadêmico, mais precisamente, com a Universidade Federal do Ceará, por meio do Labomar. "Teríamos de fazer parceria com quem tem expertise", complementou o Secretário.

O convênio foi assinado na manhã desta quinta-feira (22), no Centro de Estudos em Aquicultura Costeira (CEAC), equipamento do Labomar situado no Eusébio. Na abertura do evento, o Prof. Luís Parente, Diretor do Labomar, fez uma exposição sobre o trabalho de instalação do Acquário, do qual técnicos da UFC serão partícipes a partir da primeira etapa, que consiste na escolha das espécies, na construção dos habitats, nos sistemas de circulação e suporte. Também farão o monitoramento da qualidade da água, manutenção e limpeza.

"O Acquário não será somente uma atração turística, vai gerar emprego e renda, bem como é fundamental para o desenvolvimento da maricultura no Ceará", garante o Prof. Luís Parente. Ele informou, também, que para constatar a viabilidade da construção de um aquário, vários deles foram visitados, como o Oceanário de Lisboa; Aquário de Barcelona; L’Oceanographic de ValenciaThe New England Aquarium, em Boston, Estados Unidos; The Aquarium of the Pacific, em Long Beach, Estados Unidos; Monterey Bay Aquarium, Califórnia, e o Sea Aquarium of Shanghai, na China.

O Prof. Luís Parente falou ainda sobre os trabalhos desenvolvidos no CEAC - que é fruto de parceria público-privada - como o desenvolvimento de pesquisas que contribuam para geração de conhecimento e para uma maior eficiência no uso dos recursos costeiros, de forma responsável e em harmonia com o meio ambiente. Entre outras atribuições do Centro de Estudos estão a de desenvolver, aprimorar e transferir tecnologias sustentáveis de cultivo de organismos aquáticos e preservação de recursos costeiros, através de pesquisas inovadoras e aplicadas; promover a consciência ambiental com aulas expositivas, dias de campo e estudos aplicados.

Após assinar o documento de cooperação técnica, o Reitor Jesualdo Farias falou do orgulho que sente em acompanhar o crescimento acelerado do Labomar. Em seguida, dirigindo-se ao Secretário de Turismo e equipe responsável pelo Acquário Ceará, assegurou que o governo estadual está fazendo uma parceria com uma das melhores Universidades do País, capaz de levar sua competência para dar sustentabilidade técnica, científica e econômica ao futuro empreendimento.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC - (fones: 85 3366 7331)

Foto: Divulgação

FONTE: UFC

quinta-feira, 22 de março de 2012

I Seminário do Comitê IFCE Maracanaú para a Rio+20

Hoje, foi realizado o I Seminário do Comitê IFCE Maracanaú para a Rio+20 (evento de lançamento do Comitê).

O Seminário abordou discussões relacionadas às perspectivas em relação à Rio+20, Conferência das Nações Unidas Sobre Desenvolvimento Sustentável que será realizada no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, no período de 13 a 22 de julho de 2012.

Estiveram presentes na composição da mesa: Adriana Marques, professora do Instituto Federal do Ceará; Rafael Tomyama, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Controle Urbano de Fortaleza, coordenador do Fórum Agenda 21 de Fortaleza; Paulo Sombra, publicitário e membro do Comitê Cearense para a Rio+20 e representantes do movimento SOS Clima Terra.

Na abertura do Seminário foi apresentado o vídeo oficial do Governo Federal sobre a Rio+20 (é interessante que as pessoas vejam e tirem suas conclusões... clique AQUI e confira). O evento também fez menção ao Dia Internacional da Água e apresentou um vídeo sobre a sua importância.

O primeiro membro da banca a falar foi o Publicitário Paulo Sombra. 

Sombra ressaltou a importância da água como recurso fundamental à sobrevivência, falou brevemente sobre o que é a Rio+20 e destacou com ênfase a relevância da participação da sociedade civil nas discussões sobre a Conferência e seus objetivos. Convidou o público a participar dos Comitês com o objetivo de propagar essas discussões.

A fala seguinte, de Rafael Tomyama, foi centrada no Fórum da Agenda 21 de Fortaleza. Contextualizou como a Agenda 21 surgiu, na Rio 92, seus objetivos e como o propósito sofreu um grande esvaziamento ao longo do tempo. Resaltou que a Agenda precisava/precisa ser incorporada pela sociedade.

Relatou que no Ceará há apenas um processo em funcionamento, o de Fortaleza. Como ações relacionadas ao Fórum Agenda 21 do Município, ressaltou o Plano de Desenvolvimento Sustentável Local, que foi realizado na região da Sabiaguaba e o Plano de Arborização de Fortaleza. Todas as pontuações feitas por Tomyama sobre a Agenda 21 foram intercalas por importantes considerações a respeito do desenvolvimento sustentável.

Adriana Marques, a respeito de Economia Verde, levantou alguns questionamentos: 
Como falar de algo que não existe?
É possível pensar em economia verde nos moldes da sociedade atual?

A respeito da Minuta Zero da Rio+20, afirmou acreditar que o documento possui vários problemas, como o fato de fazer uma menção exagerada à economia, apresentar um foco no econômico e no social e “esquecer” o meio ambiente, além de  assumir uma visão Neo Malthusiana.

A Professora ressaltou que é preciso questionar a origem do modelo de desenvolvimento que está posto, ou seja, é preciso que haja uma mudança de paradigma.

A representante do movimento SOS Clima Terra apresentou dados e considerações de extrema relevância em relação às questões do clima e dos desafios de conseguir espaço na mídia para a divulgação de ações relacionadas ao tema e expôs a Campanha Mundial por Justiça climática, sustentabilidade e contra o Aquecimento global.

Fez diversas pontuações sobre a Rio+20 e ressaltou a importância da “Cúpula dos Povos”. Destacou o ano de 2015 como “chave”, já que nele se encerra o primeiro ciclo das metas do milênio.

O Comitê Cearense para a Rio+20 em Fortaleza, convida para o II Seminário, que acontecerá no anfiteatro da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará, no dia 29/03/12 (quinta-feira) às 19h00min. 

AQUI, link do grupo do Comitê Cearense para a Rio+20 no Facebook.

Ah, fizemos uma divulgação do nosso blog por lá! =) 

Ana Clara Alves 

Produtos Orgânicos no Ceará - A nossa pesquisa continua

André Dourado e Guipson Pinheiro
Mel, Hortifrúti e Café foram as culturas recém-contempladas na pesquisa referente a Fair Trade (Comércio Justo), em continuação a fase de campo iniciada em 2011 pelo Laboratório de Estudos em Competitividade e Sustentabilidade - LECoS/UFC.
Em visita a cidade de Horizonte-CE, podemos evidenciar o trabalho de apicultores que sentiram a necessidade de se organizar sob a forma de cooperativa, criando assim, a CAPROMEL (Associação Dos Produtores De Mel De Horizonte). A atuação em cooperativa é reflexo da consciência dos produtores com a busca daquilo que representaria melhorias no manejo, no beneficiamento e na comercialização do mel produzido.



Uma característica que nos chamou atenção foi o fato do Mel de abelha da CAPROMEL ser frisado como mel orgânico, pela preocupação dos apicultores com a qualidade das áreas e floradas visitadas pelas abelhas.
 Subindo a serra, vimos que a horta e o pomar correspondem às principais fontes de sustento para o homem do campo e sua família. Dentre as técnicas empregadas, em Capistrano, a utilização da produção em mandala consegue diversificar o que é produzido, lidando de maneira inteligente com a peculiaridade da terra e com a sazonalidade naturalmente imposta.
Já no maciço de Baturité, conseguimos observar um pouco da realidade dos produtores de café orgânico, em particular os da cidade de Mulungu, conhecida pela produção de cafés tidos como especiais. Segundo os entrevistados, esses cafés, além do sabor marcante, têm propriedades medicinais e não provocariam úlceras ou azia como os outros. Todavia não só os cafés especiais foram comentados, como também o contexto histórico do café e o que ele representou para o estado do Ceará, sendo tido como item de cobiça e exportação, além de estar no hall dos melhores cafés do Brasil.
 O trabalho de campo contagia-nos como pesquisadores numa empolgação pelo contato com diversas realidades, onde sabemos que muitos dados precisam ser levantados e, consequentemente, muito teremos a discutir. Assim, a pesquisa continua!
_______________________________________________
CAPROMEL - Associação Dos Produtores De Mel De Horizonte
Tel: (85)92043619

Associação Dos Pequenos Agricultores De Santa Rita
Tel: (85)99801697

APEMB – Associação Dos Produtores Do Maciço De Baturité
Tel: (85)91076881

Interessados em experimentar os orgânicos comentados?
É possível encontrá-los na Feirinha Agroecológica do Benfica -
www.facebook.com/feiraagroecologica -, que acontece a cada 15 dias na praça Gentilândia, sendo o próx. dia de feira: 24/03.

quarta-feira, 21 de março de 2012

"Governo lançará três programas para tratamento de lixo"

O primeiro eixo terá ações conjuntas entre estados, municípios e o governo federal e visa a eliminar os lixões de todas as cidades até agosto de 2014


Os aterros vão receber apenas rejeitos, ou seja, aquilo que não é possível reciclar ou reutilizar 

Brasília - O governo vai lançar nas próximas semanas um programa para tratamento de resíduos sólidos baseado em três eixos: Brasil sem Lixão, Recicla Brasil e Pró-Catador. A informação foi repassada pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e as ações do programa estão estruturadas no sentido de cumprir as determinações do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, aprovado em 2010. 
O primeiro eixo terá ações conjuntas entre estados, municípios e o governo federal e visa a eliminar os lixões de todas as cidades até agosto de 2014. O segundo irá estimular a reciclagem, e o Pró-Catador atuará para estruturar as cooperativas e tornar os catadores um elo importante para o alcance das metas do plano nacional.
O programa está na fase final de elaboração e, de acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, os próximos passos são formatar os aspectos jurídicos e discutir o texto com a presidenta Dilma Rousseff.
Ao falar sobre um dos maiores desafios do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que é a eliminação dos lixões até 2014, a ministra lembrou que, a partir do plano, essa passou a ser uma responsabilidade compartilhada entre os entes federados.
“Esse esforço não é só do governo federal, é de competência também dos estados e municípios e dá a todos a responsabilidade de lidar com a questão do fim dos lixões, de incrementar a reciclagem, a logística reversa, de discutir as regiões do país que não têm aterros sanitários”, disse hoje (21) após participar da abertura do encontro Diálogos Sociais Rumo à Rio+20. A ministra observou também que muitas cidades ainda não têm a infraestrutura para implementar o patamar necessário de reciclagem no país.
Conforme o texto do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, após o dia 2 de agosto de 2014, o Brasil não poderá ter mais lixões, que serão substituídos pelos aterros sanitários. Os aterros vão receber apenas rejeitos, ou seja, aquilo que não é possível reciclar ou reutilizar. Os aterros são estruturas que contam com preparo no solo para evitar a contaminação de lençol freático, captam o chorume que resulta da degradação do lixo e contam com a queima do metano para gerar energia.
FONTE: Exame 

terça-feira, 20 de março de 2012

"Acquario: De quanto será o custeio?"


Com o título “Acquário promete um novo milagre dos peixes”, eis artigo do publicitário e poeta Ricardo Alcântara. Ele megulha também na polêmica em torno da construção do Acquario do Ceará, projeto do governo estadual que está orçado em R$ 250 milhões. Ele discorda daqueles que apontam na tese de que o Acquario vai revitalizar a Praia de Iracema. Confira:
Assim como o Dragão do Mar não poderia mesmo, por si só, revitalizar uma área deprimida do centro, tão pouco o Acquário do Ceará poderá fazê-lo com a praia de Iracema. A complexidade urbana não reage a truques de mágica.
O projeto tem méritos, sim, mas outros. O equipamento teria, por exemplo, potencial para estender o período de estadia dos turistas na cidade, uma contribuição para consolidar Fortaleza como destino privilegiado.
Não seriam apenas mais diárias em hotéis e mais comandas nos restaurantes. Os benefícios são extensivos também ao pequeno empreendedor, como taxistas, artesãos e até vendedores ambulantes.
Mas, na ponta do lápis, haveria, basicamente, retorno privado para investimento público. Daí, as restrições frequentes ao projeto: não seria, diante de outras carências, uma prioridade do interesse comum.
Outro aspecto do projeto alcança as fronteiras da megalomania: seria o terceiro maior aquário do mundo. Isso, numa cidade de gente muito pobre e situada nas bordas menos atrativas do circuito turístico mundial.
No Rio de Janeiro, paisagem urbana referencial da América latina, outro será construído pela metade do preço e todo com recursos privados. Mas esse nem é o único aspecto frágil do desenho financeiro do Acquário.
Até o dia de hoje, o governo não veio a público dar resposta consistente a uma questão, nem tem sido suficientemente questionado por quem caberia verificá-la – a Assembleia Legislativa, bunker da capatazia chapa branca.
Refiro-me aos recursos de custeio. A pergunta é: quanto custará por dia aos cofres públicos – o meu, o seu, o nosso suado real – manter aberto um equipamento só justificado pelos retornos que daria ao interesse privado?
É pueril o que tem sido dito sobre o assunto. Fala-se vagamente em “parcerias” que ainda seriam buscadas com “patrocinadores privados” e, acreditem, créditos mensais de uma dívida da Petrobrás com o Estado.
Da provável parceria, envolvendo empresas que agregariam valor às suas marcas numa associação com o equipamento, declino da oportunidade de contestar. É cascata demais para merecer o esforço dos meus neurônios.
Quanto ao que nos deve a Petrobrás, seria dinheiro demais para sangrar à última veia com despesas de custeio de um equipamento que atenderia a necessidades de terceira ordem – fosse uma universidade, eu ficaria calado.
Ademais, não é possível ignorar que a dívida da Petrobrás será liquidada em algum ponto do futuro. Com muita boa vontade, mas muita boa vontade mesmo, pode-se chama a isso de empurrar o problema com a barriga.
Agora, o governo começa a construir o Acquário sem informar aos que pagarão a conta – você é um deles – nenhum estudo sobre a curva estimada de retorno do investimento inicial, nem sobre os recursos de custeio.
Não digo que tais estudos não existam. Digo apenas que, pelos argumentos levantados, o secretário de Turismo os ignora. E digo que, se existem, não recebemos nós, os financiadores do projeto, a atenção de conhecê-lo.
Resta-nos, então, aguardar por uma exceção bíblica – quem sabe, um novo milagre da multiplicação dos peixes. É pândego, mas não percam o sono: o governo não negará a quem paga a conta o direito de aplaudir.
* Ricardo Alcântara,
Publicitário e poeta.

segunda-feira, 19 de março de 2012

CONVITE!

Convite feito por Saullo Oliveira em nosso Grupo no Facebook:

"Prezados e prezadas do Curso de Sustentabilidade Organizacional FEAAC-UFC,

Na próxima quinta-feira, 22/03/12, às 15:00h, o Comitê Cearense para a Rio+20 realiza o I Seminário para a Rio+20 no Instituto Federal do Ceará no campus de Maracanaú e convida os membros deste grupo para participar deste evento público e gratuito.
Uma semana após esse seminário, no dia 29/03/12, quinta-feira, às 19:00h, haverá o II Seminário para a Rio+20 no anfiteatro da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará.
Caso não possam ir ao I Seminário, contamos com a vossa presença no II Seminário que é mais próximo à FEAAC-UFC na Faculdade de Direito da UFC.
Peço ajuda na divulgação e na participação, caso seja possível.
Desde já, muito obrigado".


Eis o link do evento no Facebook > 
I Seminário do Comitê Cearense para a Rio +20 em Maracanaú

Bancos “verdes” veiculam propaganda enganosa e financiam desmatamento, aponta revista do Sindicato dos Funcionários do Banco Central

SINDICATO NACIONAL DOS FUNC. DO BANCO CENTRAL


Bancos "verdes" veiculam propaganda enganosa e financiam desmatamento, aponta revista do Sindicato dos Funcionários do Banco Central 


A revista "Por Sinal", do Sindicato dos Funcionários do Banco Central, revela em reportagem que os maiores bancos privados que atuam no Brasil nem sempre são transparentes no compromisso com a sustentabilidade ambiental. Quando se trata de liberar créditos vultosos, os bancos fecham os olhos para madeireiras ou para finalidades de forte impacto ambiental. A conclusão é extraída de uma pesquisa do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (GVCes).

Outro trabalho apurado pela revista, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), destaca que a preocupação com a saúde do planeta é uma questão mais de propaganda para as instituições financeiras do que um compromisso moral.

O paradoxo chegou ao CONAR que definiu novas normas para estimular as empresas a adotarem práticas sustentáveis verdadeiras por meio da publicidade consciente. O objetivo é reduzir o espaço para a banalização da sustentabilidade e impedir que o tema possa confundir os consumidores.

Além de condenar todo e qualquer anúncio que estimule o desrespeito ao meio ambiente, o Código recomenda que a propaganda anúncio que cite a sustentabilidade deve conter apenas informações ambientais passíveis de verificação e comprovação.

Apesar das novas regras do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) para coibir o greenwashing, em que o discurso da sustentabilidade não tem correspondência em práticas sustentáveis, não há sinais de mudança nos comerciais ou nos portais dos bancos na internet.

A reportagem completa está no site do SINAL http://www.sinal.org.br/informativos/porsinal

Jornalista Responsável
Luís Humberto Rocha Carrijo (
Mtb. 17.296)
Tel: (11) 3487-2092 / 9983-6977
hcarrijo@aipy.com.br

sexta-feira, 16 de março de 2012

"Movimento quer contestar judicialmente dispensa de licitação para construção do Acquario Ceará"

Movimento questiona a ausência de estudo arqueológico na área de instalação do Acquario 

Os integrantes do movimento Quem dera ser um peixe, que ganhou notoriedade nos últimos dias a partir de publicações nas redes sociais contra a construção do Acquario do Ceará, dizem estar acionando o Ministério Público estadual para contestar a inexigibilidade de licitação para a contratação da empresa norte-americana International Concept Management (ICM Reynolds), que ficará responsável pela instalação do equipamento, na Praia de Iracema. Segundo a historiadora Andrea Saraiva, uma das integrantes do movimento, a intenção é contestar não somente a construção do Acquario, mas também outras obras do governo, no litoral cearense. “A construção do aeroporto de Jericoacoara (no município de Jijoca), por exemplo, ignorou que havia um sítio arqueológico no lugar”, afirma.

Em entrevista a O POVO, na semana passada, o secretário do Turismo do Estado, Bismarck Maia, afirmou que a dispensa da licitação para a contratação da ICM Reynolds foi baseada nos princípios da “economicidade, melhor performance e competência técnica”. De acordo com a conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Soraia Victor, a inexigibilidade de licitação é um processo, “onde esses princípios precisam ser comprovados, através de laudos técnicos”. “Tudo isso precisa ser comprovado com documentos e não somente ser dito”, afirma.

Ela explica que o princípio da economicidade significa que a empresa escolhida vai auferir os melhores valores para o serviço, o que pode ser mostrado através dos orçamentos solicitados. “A melhor performance e a competência também precisam ser comprovadas. Quantos aquários já foram construídos por essa empresa? Não há outra que possa fazer o mesmo serviço com a mesma qualidade? É preciso comprovar, através de análises e laudos, que outras empresas não teriam a mesma competência”, esclarece a conselheira.

O secretário do Turismo, Bismarck Maia, diz, por sua vez, que todo o processo de dispensa da licitação está documentado e foi analisado e aprovado pela Procuradoria Geral do Estado (PGE). Segundo ele, o critério de melhor performance e competência está relacionado com o fato de a ICM Reynolds ser a empresa que mais constrói e instala aquários de acrílico, no mundo.

“Temos dados de que dos 250 aquários existentes no mundo, a ICM Reynolds implantou 215 (86%). Outro aspecto é que esse é um projeto singular e especial, que nunca foi realizado no Brasil. Por essa razão, precisamos de uma empresa que tenha muita experiência e competência nesse serviço, para nos dar segurança no processo de instalação. Até contatamos uma empresa japonesa que disse que fabricaria os tanques de acrílico, mas que não instalaria. A ICM Reynolds foi a única que nos garantiu a fabricação e a instalação do equipamento”, afirma o secretário.

Outra especificidade do projeto citada por Bismarck Maia é o financiamento de US$ 150 milhões para a implantação do Acquario, obtido através do banco de fomento americano Export-Import Bank (Eximbank). Ele diz que essa instituição financia projetos com taxas mais reduzidas, mas com a exigência de contratação de empresas norte-americanas.

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA
Apesar da contestação das obras do Acquario, por parte de movimentos como o Quem dera ser um peixe, até o momento não há investigação oficial sobre o assunto pelo Ministério Público.

FONTE: O Povo 

quinta-feira, 15 de março de 2012

"Novo Código Florestal – Ambientalista questiona deputado do PMDB"

Com o título “Ponderações sobre o Novo Código Florestal”, eis artigo do ambientalista Paulo Sombra. Ele aborda a polêmica em torno do Novo Código Florestal e questiona a postura do deputado federal cearense Danilo Forte (PMDB), que é favorável à exclusão dos apicuns das áreas de preservação permanente. Confira:
Recentemente a imprensa tem relatado a posição do deputado federal Danilo Forte (PMDB-CE) de defender a exclusão dos apicuns das Áreas de Preservação Permanente (APPs), visto que é autor de solicitação nesse sentido na proposta de reforma do Código Florestal.
Gostaria de ressaltar que a exclusão dos apicuns, bem como dos salgados, defendida por alguns deputados não leva em consideração o uso consciente e sustentável da área pelas comunidades tradicionais. Os defensores da proposta ignoram os prejuízos à natureza e às comunidades que sobrevivem da pesca. A modificação defendida beneficia apenar um setor econômico que tem alto lucro com a atividade que para obter isso e gerar ‘desenvolvimento’, degrada indiscriminadamente os ecossistemas associados às bacias hidrográficas e zona costeira. Eis minha pergunta: desenvolvimento para quem? O deputado diz que incluir esse bioma entre as APPs “engessa o desenvolvimento econômico com grandes prejuízos para o Nordeste”. E a degradação dos mangues, o que vai causar?
Em passado não tão distante essa questão foi amplamente discutida no Conselho Nacional de Meio Ambiente, quando da elaboração da Resolução Conama 303/2002, prevalecendo o entendimento de que os salgados e apicuns integram o ecossistema manguezal. A Resolução CONAMA 303/2002, que define Áreas de Preservação Permanente, esclarece em seu artigo 2º, tornando explícito a inclusão das áreas de apicum nas APPs: “IX – ecossistema litorâneo que ocorre em terrenos baixos, sujeito à ação das marés, formado por vazas recentes lodosas ou arenosas, às quais se associa, predominantemente, a vegetação natural conhecida como mangue, com influência flúvio-marinha, típica de solos limosos de regiões estuarinas e com distribuição descontínua ao longo da costa brasileira, entre os estados do Amapá e Santa Catarina”.
Milhares de famílias cearenses vivem da pesca sustentável à margem dos mangues e não merecem a destruição que a modificação do Código Florestal pode causar. O pescador artesanal, assim como o agricultor familiar, respeita a natureza, sabe que é dela que vem seu sustento e o sustento das suas gerações. O grande proprietário rural com visão de futuro e compreensão da importância do capital ambiental e do capital humano como insumos da sua produção agropecuária, também não aprova o Projeto de Lei que piora o Código Florestal. Lamentavelmente o grande proprietário não esclarecido não só apóia como defende modificações para intervir na sustentabilidade das atividades em diversas regiões movidos por apenas uma palavra: lucro. A utilização destas áreas por fazendas de camarão pode levar à perda de grandes áreas do ecossistema manguezal.
Lucro pra mim é atuar economicamente de forma socialmente responsável e ambientalmente sustentável. Será que não falta isso à visão do deputado?
*Paulo Sombra,
Ambientalista, membro do Comitê em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável e do Movimento por uma Nova Política.

Início da 2a edição > Curso Sustentabilidade Organizacional e Gestão Socioambiental

FEAAC/UFC: Avenida da Universidade, 2431. Benfica - Fortaleza/CE
Sala 15 (quintas-feiras) e quinzenalmente aos sábados, em locais públicos.

De 15 de Março a 21 de Junho > VAGAS LIMITADAS!!!


O curso de extensão do Departamento de Administração da FEAAC-UFC, aberto ao público fortalezense tem com atrativo aos alunos da UFC a sua carga horária como atividade complementar.

O curso de 64h terá 32 horas aulas teóricas participativas, buscando um aprendizado significativo, nas quintas-feiras das 16h15 as 18h15min, na sala 15 da FEAAC; aulas práticas serão desenvolvidas aos sábados (32 horas -presencialmente na FEAAC ou eventualmente virtualmente).

Mais informações e pré-inscrições em:

Ementa com discussões sobre:

Interpretações econômicas da questão ambiental: Economia Ecológica, Economia Ambiental, Sustentabilidade Forte e Fraca.

Interpretações institucionais da Sustentabilidade

Sociedade, Estado e Organizações e
Sociedade e Indivíduo: Ética

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terça-feira, 13 de março de 2012

"(Ex -) sacoleiros"

O banimento das sacolas plásticas descartáveis dos supermercados paulistas provoca reações divergentes entre os consumidores e escancara a tensão entre a cultura consumista adquirida e as transformações necessárias
POR FÁBIO RODRIGUES
ARTE DORA DIAS
Em 25 de janeiro passado, uma porção de consumidores tomou um susto na hora de passar suas compras pelos caixas dos quase 16 mil supermercados paulistas. As sacolinhas plásticas [1] que – durante décadas – eram distribuídas à vontade tinham desaparecido! Pela primeira vez na vida, um sem-número de pessoas teve de pagar pelas sacolas que usaria ou se virar do jeito que dava. Foi um pandemônio.
[1] Sacolas de polietileno de alta densidade dadas pelos varejistas aos clientes. Embora os fabricantes não gostem de ressaltar esse ponto, elas são fabricadas e distribuídas sob a premissa de serem usadas uma só vez. Mas podem ser reutilizadas e seu aproveitamento para embalar o lixo doméstico tornou-se corriqueiro
O presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), João Carlos Galassi, conta que a entidade precisou de cinco anos até amadurecer a decisão de lançar a campanha “Vamos Tirar o Planeta do Sufoco” – acordo com governo do estado que quer botar fim na farra das sacolinhas. Segundo ele, reduzir o impacto ambiental tornou-se uma meta estratégica para o segmento. “A questão ambiental é a pauta do século”, pontua em entrevista a Página22. Ele afirma que a sustentabilidade está deixando de ser algo conceitual para entrar no campo das ações práticas. (Leia a entrevista completa)
Muita gente não gostou da novidade. Os consumidores acharam a mudança repentina e se sentiram lesados ao ter de comprar algo que, no fim das contas, nunca foi gratuito de fato. Só que, como cada sacola custa irrisórios 3 centavos, ninguém se importava com essa conta. Como as versões reutilizáveis são bem mais caras, a impressão é de que os supermercados querem ganhar dos dois lados.
Ao escancarar o preço das sacolas para o consumidor, o banimento já tem o mérito de atacar um problema ambiental classic: o das externalidades ocultas. Explicada de forma grosseira, uma externalidade é um custo – ou benefício – que não está incluído no preço dos produtos. No caso das sacolas de plástico convencionais, os críticos dizem que seu custo só é tão baixo porque os fabricantes não precisam arcar com as despesas geradas pelo recolhimento e destinação adequados do produto. Essa parte da conta é silenciosamente transferida para o sistema público de gestão de resíduos sólidos ou, mais claramente, para o contribuinte.
Essa não é a primeira vez que o público
reage mal ao ter de sacrificar algo – ainda
que mínimo – em benefício do meio ambiente. O ativista e político Fabio Feldmann
pagou caro por seu envolvimento com a primeira versão do rodízio de automóveis implantado na região metropolitana de São Paulo em 1995.
Na sua interpretação, a impopularidade da medida pesou nas consecutivas derrotas eleitorais que sofreu desde então. Quase 17 anos depois, ele ainda é cobrado. “Em toda palestra que dou, tem sempre alguém que faz um comentário sobre o rodízio. Geralmente negativo”, diz, resignado.