sexta-feira, 27 de julho de 2012

"Cerca de 350 cães e gatos estão disponíveis para adoção na Upac"

Cerca de 350 animais entre cães e gatos de várias raças e idades estão disponíveis para adoção na União Protetora dos Animais Carentes (Upac). Desde o ano de 2006, a Organização Não-Governamental (ONG) luta contra o abandono e maus tratos contra animais em Fortaleza.


De acordo com informações da voluntária na Upac, Raphaele Pinheiro, os animais chegam debilitados e passam por um período tratamento. “Eles são esterilizados, vermifugados e passam por tratamentos”, disse.
Helena é uma cadela de aproximadamente dois anos e não movimenta as patas traseiras. Uma pessoa encontrou o animal atropelado e levou à ONG. “Levamos para a consulta e realizamos exames. O tratamento dela já terminou, mas o caso é irreversível, pois Helena deslocou a coluna”, explica Raphaele.
A associação divulga fotos e dados dos animais no site e na página do Facebook. Quem se interessar em adotar algum animal pode agendar uma visita. Além disso, eventos de adoção são realizados periodicamente.
Upac
A Upac trabalha sem fins lucrativos e tem por objetivo lutar pelos direitos dos animais, por meio de projetos educativos e ações de proteção de animais abandonados. É realizado um trabalho de conscientização sobre a importância da redução do índice de animais abandonados e maltratados, com base nas leis de proteção animal.
Como ajudar:
Principais necessidades da Upac:
- Ração para cão e gato 
- Medicamentos (antibióticos, anti-inflamatórios, carrapaticidas, vermífugos)
- Recursos para pagamento de cirurgias e outras despesas veterinárias
Outras formas de ajudar:
- Doando materiais a serem vendidos no bazar da Upac (roupas, acessórios, brinquedos, etc)
- Notas fiscais
- Apadrinhando um animal 
- Divulgando o trabalho, buscando patrocínio
Doações: 
Banco do Brasil
Nome: União Protetora dos Animais Carentes
Agência: 1295-5
Conta: 42.417-x
Doações via Boleto Bancário ou Cartão de Crédito, podem ser feitas via site do Vakinha
FONTE: O Povo 

terça-feira, 17 de julho de 2012

"Propaganda e protestos sujam pontos da cidade"

Com anúncios afixados em postes da cidade, a população cobra, também por meio de cartazes, providências



Cartazes irregulares podem render aos proprietários o pagamento de multas iniciais de R$ 1.415, assim como a assinatura de um termo de compromisso, que, se desrespeitado, pode resultar em cobranças milionárias 
FOTO: VIVIANE PINHEIRO 

Os anúncios de cartomantes e serviços diversos, espalhados pelos postes de Fortaleza, agora, dividem espaço com manifestos da população por uma cidade mais limpa. Na tentativa de ajudar a combater a poluição visual, os cidadãos acabam por sujar ainda mais o cenário urbano.



Nos cartazes da Praça Eudoro Corrêa, por exemplo, há telefones para denúncia e, também, apelos anônimos para uma fiscalização mais efetiva, como: "Acorda, Semam", em referência à Secretaria do Municipal do Meio Ambiente e Controle Urbano - responsável pela remoção das propagandas e punição dos anunciantes.

Por cima dessas frases educativas, mais dois anúncios de serviços milagrosos estão expostos. A briga pelo espaço e pela atenção de quem passa se tornou evidente. Na esquina das avenidas Santos Dumont e Desembargador Moreira, os panfletos tiveram o número de telefone encoberto por tinta vermelha. "Não fomos nós que fizemos isso", diz o atendente da cartomante. A rasura não está em todas as propagandas, mas representa um gesto de reprovação.

A corretora de imóveis Mônica Carvalhaes, natural de Campinas, São Paulo, se sentiu incomodada ao passar pelo local. Ela comparou a Capital cearense à terra natal: "Lá não tem isso. É proibido, porque tem multa, por isso todo mundo segue a lei". Ela também disse se preocupar com a interpretação que os filhos podem fazer do conteúdo. "Traz a pessoa amada? O que é isso? O que uma criança pode pensar?", questiona.

Mesmo com a determinação municipal que prevê multa aos anunciantes, a atividade continua a se espalhar. O taxista Carlos Jorge Lima, 44, disse ter visto um rapaz colando panfletos na Avenida Washington Soares, no último sábado. "Vi o pessoal reclamando, na parada de ônibus, nos carros, mas o cara não estava nem aí", conta.

Praça

No entanto, de acordo com o jardineiro Antônio Araújo, 37, que cuida da Praça Eudoro Corrêa há quatro anos, a situação tem melhorado. Ele contou que, depois da intervenção da Semam na retirada dos panfletos, o ambiente ficou mais limpo. No entanto, Antônio admite que a prática continua. "Geralmente, eles vêm pela manhã ou ao meio-dia. A mim, não incomoda, mas sei que tira a atenção de motoristas", afirma.

O representante da empresa de serviços odontológicos tentou justificar o panfleto colado ao poste: "É uma propaganda mais barata. Chamamos os meninos na rua para fazer isso. Normalmente, nós pedimos para não colar em poste, só em parede mesmo", justifica.

Um balde de cola, uma sacola de panfletos e uma espátula são as ferramentas para manchar a paisagem e fazer uma divulgação mais barata, mas que custa caro para ser removida. Quem faz uso desse tipo de propaganda irregular, no entanto, está sujeito a pagamento de multa no valor de R$ 1.415, conforme dados da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Além disso, o proprietário do estabelecimento tem um prazo de cinco dias úteis para ir à Semam e se regularizar. Ele também assina um termo de compromisso.

A assessoria informou, ainda, que, caso o termo de compromisso não seja respeitado, o auto, que era de constatação, vira auto de infração. "Neste caso, o valor da multa varia de R$ 5.000 até milhões. Os valores variam pelo capital da empresa e pelas reincidências. O dinheiro das multas vai para o Fundo de Desenvolvimento do Meio Ambiente (Fundema)", esclarece a nota encaminhada pelo órgão.
FONTE: DN - Cidade

sexta-feira, 13 de julho de 2012

"Projeto propõe Agricultura familiar na escola"

No próximo ano, o currículo escolar poderá ter nova matéria para os estudantes do Ensino Médio



No Município de Quixadá, mais de 80% da merenda escolar é proveniente da agricultura familiar. A ideia é que, com os ensinamentos em sala de aula, os jovens valorizem futuros trabalhos voltados para o campo FOTO: ALEX PIMENTEL


Quixadá. A partir do próximo ano letivo, os alunos da rede pública de educação do Ceará poderão ter mais uma disciplina no currículo escolar. Tramita na Assembleia Legislativa do Estado proposta de inclusão da "agricultura familiar" na grade curricular das escolas de Ensino Médio do Estado. O projeto de indicação, de autoria da deputada Rachel Marques, tem como objetivo desenvolver e fomentar a agricultura familiar, o fortalecimento da economia local com a geração de renda, o desenvolvimento agrário e, ainda, o combate à pobreza.

A proposta já foi aprovada pela Comissão de Educação. A Comissão de Agropecuária também deu aval positivo. Para ser votado na Assembleia, o projeto de lei ainda deverá passar por mais duas comissões temáticas: de Serviços Públicos e de Orçamento e Finanças. Mas, segundo a assessoria da parlamentar estadual, ela está otimista. Espera conquistar o aval da maioria dos deputados antes do fim do ano. Ela precisará de quórum mínimo de 24 parlamentares e maioria simples, apenas 13. Depois é aguardar a aprovação do governador do Estado, Cid Gomes.

Conforme Rachel Marques, a disciplina deverá focar o estudo sistemático e crítico das abordagens e construções teóricas a respeito da agricultura familiar. A matéria abordará a importância histórica e contemporânea da produção familiar na agricultura. Dará uma noção de sustentabilidade, formando uma relação entre o modelo de convivência no campo fortalecido a partir da década passada por meio de políticas públicas. Os sistemas de produção agrícolas familiares, suas articulações, convergências, impasses e limites em um campo de possibilidades integram o conteúdo de estudo.

Acreditando na potencialidade rural, a deputada requereu a realização de seminários nas macrorregiões do Estado para abordar Programa Nacional de Alimentação Escolar. As datas ainda não foram definidas, mas, de acordo com a secretária da Comissão de Educação, Jamilys Castro, serão realizados oito encontros ao longo do ano. Um dos primeiros será no Sertão Central, em Quixadá. O Município apresenta políticas governamentais expressivas no setor. Mais de 80% da merenda escolar é proveniente da agricultura familiar. Ela pretende aproveitar a oportunidade para discutir a proposta da nova disciplina.

Sem entusiasmo

Embora reconheçam a importância da atividade rural no atual contexto socioeconômico, muitos estudantes não veem com entusiasmo a implantação de mais uma disciplina no currículo escolar. Língua Portuguesa, Matemática, Física, Química, Biologia, Inglês, Sociologia e até Ética e valores; já têm muito conteúdo para assimilar ao longo de três anos. A média é de 14 disciplinas. "Não bastassem as novidades da internet, mais conhecimento obrigatório na sala de aula, não tem quem aguente", desabafa a estudante do 2º Ano, Nívia Ferreira. Ela estuda numa escola pública de Quixadá. Pretende se formar em Medicina.

A secretária geral da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Ceará (Fetraece), Lucilene Lima, tem um ponto de vista bem diferente. Ela nasceu em Tauá. Estudou no Liceu daquele Município, onde concluiu o Ensino Médio. Mais de 80% dos colegas eram da zona rural. Tiveram a oportunidade de conhecer a produção agrícola na Europa, mas não aprenderam sobre as potencialidades do nosso Estado. Enquanto os Inhamuns é vocacionado a criação de pequenos animais a região da Ibiapaba é um importante Centro de produção de hortifrutigranjeiros, exemplifica.

Na opinião da representante da Fetraece, a implantação da nova disciplina estimulará os jovens moradores de zonas rurais a permanecerem no campo. Eles serão incentivados todos os dias, dentro das salas de aula. Os estudos poderão ser associados à ecologia, ao meio ambiente e até a economia. "Afinal, a maior parte dos nossos alimentos vem da agricultura familiar. Poucos sabem disso. O atual modelo de educação estimula eles a migrarem para as áreas urbanas, a procura de emprego no comércio ou nas indústrias", acrescenta.

Foi tentado o contato com o Conselho Estadual de Educação, mas, até o encerramento desta edição, a secretária do órgão não havia sido localizada.

FIQUE POR DENTRO
Cultivo da terra por pequenos produtores
A agricultura familiar foi oficializada no Brasil em julho de 2006, pela Lei 11.326. A norma legal estabelece as diretrizes para a formulação da política nacional da agricultura familiar e empreendimentos familiares rurais. Estudiosos conceituam essa atividade como cultivo da terra realizado por pequenos proprietários rurais, tendo como mão-de-obra essencialmente o núcleo familiar, contrastando com a agricultura patronal, que utiliza trabalhadores contratados, fixos ou temporários, em propriedades médias e de grande porte.

A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 2014 o Ano Internacional da Agricultura Familiar, reconhecendo o papel fundamental desse setor para a segurança alimentar no mundo. Cerca de 60% dos alimentos consumidos pela população brasileira são produzidos por agricultores familiares. Eles são responsáveis pela produção de 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de feijão, 46% do milho, 38% do café, 34% do arroz, 21% do trigo e, na pecuária, 60% do leite, 59% do plantel de suínos, 50% das aves e 30% dos bovinos. De acordo com a Secretaria de Agricultura Familiar, aproximadamente 13,8 milhões de pessoas trabalham em estabelecimentos familiares, correspondo a 77% da população ocupada na agricultura.

Mais informações:
Assembleia Legislativa do Ceará
Av. Desembargador Moreira 2807 - Fortaleza
Telefone: (85) 3277.2500
www.al.ce.gov.br 

ALEX PIMENTEL
COLABORADOR

quinta-feira, 5 de julho de 2012

"Mancha de óleo do navio Seawind já chega em São Gonçalo do Amarante"

A mancha de óleo proveniente do navio mercante Seawind, que afundou na última sexta-feira (29) no mar do Mucuripe, em Fortaleza/CE, já chegou em São Gonçalo da Amarante, distante 59Km da Capital.


Desde de que o Seawind começou a afundar, o Centro de Defesa Ambiental (CDA) espalhou barreiras de contenção na área.

Apesar dos esforços, foram  identificados  vestígios  de  óleo remanescentes no espigão da Praia do Arpoador, no Bairro do Pirambu, no mesmo local onde já foram realizadas limpezas pelo CDA.
Foi avistada por observação aérea uma mancha de óleo, com volume estimado de 67 litros, a cerca de 5 km afastado da costa, ao largo de São Gonçalo do Amarante, seguindo em direção ao mar aberto.
A Capitania dos Portos do Ceará (CPCE) e a Companhia Docas do Ceará (CDC) informaram, nesta quinta-feira (05), que não existe mais vazamento de óleo na região do naufrágio desde a última terça-feira (03).
A Superintendência do Ibama no Ceará está fazendo o monitoramento e analisando os desdobramentos do afundamento do Seawind. O órgão realizou vistorias no mar, nas praias e também por helicóptero.
FONTE: DN - Cidade

segunda-feira, 2 de julho de 2012

"População reage ao abandono do parque"

Na manhã de ontem, integrantes do grupo "Consciência Limpa" retiraram bastante lixo do equipamento público


A população se apega ao parque pelo ambiente de lazer que o mesmo propicia em seus diversos tipos de uso: caminhar, conversar, jogar e levar crianças para usufruirem de seus equipamentos. Um desses locais preferidos da cidade, o Parque Adahil Barreto, vive no abandono total.


Ações como esta já foram realizadas nas praias do Futuro e de Iracema Fotos: Alcides Freire

Os frequentadores cobram da Prefeitura de Fortaleza providências com relação à falta de manutenção e à má conservação da área, que, desde 2005, está sem reformas. A situação contribui para afastar os visitantes.

Fundado em 1980, o Parque Adahil Barreto, que abriga em seus 44 hectares de extensão manguezais e árvores típicas da flora cearense, sofre com a falta de manutenção, com galhos de árvores e lixo acumulados em seu interior.

Além disso, brinquedos infantis e equipamentos de ginástica estão danificados, bem como parte das calçadas. Algumas espécies de árvores apresentam problemas causados pela ação de cupins e outros parasitas, e há tempo não são cuidadas.

Descaso

O engenheiro civil Fábio Barbosa reclamou do descaso das autoridades para com o equipamento. "É uma pena ver um espaço tão privilegiado pela natureza sem manutenção. Mureta caída, equipamentos de ginástica e infantis danificados (amarrados por tira de borrachas), o que coloca os usuários em risco. São esses problemas aliados à questão da falta segurança no local, que nos fazem evitar de retornar aqui", afirmou.

O Parque Adahil Barreto é gerido pela Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam), Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb) e pela Secretaria Executiva Regional (SER) II, órgãos da Prefeitura de Fortaleza.

O presidente da Emlurb, Roberto Rodrigues, reconhece a existência de problemas na manutenção do parque, mas informa que um projeto para a reforma do equipamento está sendo elaborado.

"A licitação já foi feita. Nova estrutura, um ponto permanente de educação ambiental e a recuperação de toda sua estrutura física (mureta, portões, piso e equipamentos de ginástica e infantis) estão previstos no projeto", informa.

Com relação à conservação, Roberto Rodrigues falou que a SER II sempre manda seus técnicos inspecionar o parque e que, no momento, a Emlurb está concluindo o trabalho com árvores.

Limpeza
Se a Prefeitura de Fortaleza não zela pelo espaço público, o grupo de cerca de 15 jovens que integra o movimento "Consciência Limpa" resolveu desencadear ação de limpeza, na manhã de ontem, nas dependências do Parque Adahil Barreto.

Vários sacos plásticos, contendo entulhos de materiais diversos (chinelas, copos descartáveis e garrafas pets) foram coletados. "Temos que também fazer a nossa parte. Não adianta só ficar cobrando dos órgãos, afirmou Maria Clara Martins, lamentando o estado de degradação em que se encontra a área do córrego no parque.

O movimento "Consciência Limpa" surgiu em abril deste ano, quando o estudante Lucas Moreira, criador do grupo, resolveu utilizar o Facebook para difundir a cultura da conscientização em torno da limpeza e conservação dos recursos ambientais da cidade. "Quem gosta, cuida. Limpar praias e parques é obrigação do poder público, mas, se fizermos alguma coisa, estaremos zelando pelo que é nosso", destacou Lucas Moreira.

Com postagens no Facebook, já foram realizadas três ações, nas praias do Futuro e de Iracema e no Parque Adahil Barreto. 



FONTE: DN - Cidade