quinta-feira, 3 de maio de 2012

"Empresas cearenses investem em tecnologia limpa"

Está cada vez mais fácil e acessível produzir a própria energia elétrica. Além da regulamentação das regras para a micro ou minigeração, existem empresas no Ceará implantando projetos de energia solar e eólica para uso residencial, comercial e industrial


A geração de energia elétrica de 
forma sustentável, a partir de tecnologia limpa, como a eólica, já pode ser percebida em Fortaleza


Produzir a própria energia elétrica e de forma sustentável, utilizando as tecnologias limpas – que não queimam combustível fóssil – como eólica e solar é uma tendência mundial e cada vez mais utilizada em pequena escala no Ceará. E não é só para grandes equipamentos como o Hospital da Mulher, mas também para residências, comércios e indústrias de todos os portes.
O engenheiro, ambientalista e empresário Fernando Ximenes garante que é possível produzir a própria energia elétrica. “Está regulamentado em lei e não é caro”, diz o especialista, que desenvolve e monta projetos de energia solar e eólica. Ele acrescenta que, no último ano, o custo da energia solar teve redução de 50% e a tendência é cair mais ainda.
A empresa de Ximenes, a Artefatos de Metais e projetos LTDA (Gram–Eóllic), desenvolve e implanta projetos destinados à viabilidade econômica da instalação de centrais de energias renováveis com gerador e sistemas híbridos (eólicos e solar).
A Satrix Energias Renováveis, empresa cearense, com sede no Eusébio, já instalou em Fortaleza e cidades vizinhas 28 geradores que estão em operação. “Nossos aerogeradores podem operar tanto em residências como em empresas, sem que seja necessária alteração na rede elétrica da unidade consumidora ou acomodação de cargas e equipamentos”, afirma o diretor técnico da Satrix, Alexandre Holanda.
Ele adianta que o equipamento de menor porte, com potência de 1.200 watts (SX1100), que é capaz de gerar até 518Kw/h mês, em média anual, custa R$ 25.990 já instalado, em operação. “Nosso modelo de maior porte que estará disponível para aquisição em junho/2012, tem potência de 6.000 watts (SX6000), é capaz de produzir até 2.592Kw/h mês, em média anual, e custará R$ 95.990,00”, completa. Ele cita que o Banco do Nordeste financia o aerogerador em até 240 meses.
O equipamento também pode ser financiado pelo cartão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em até 48 meses e Caixa Econômica Federal. Holanda avalia que a aquisição seria vantajosa a partir de um consumo mensal da ordem aproximada de R$ 250. O payback (tempo decorrido entre o investimento inicial e o momento no qual o lucro líquido acumulado se iguala ao valor desse investimento) aconteceria em um prazo razoável.
Segundo ele, com um gasto mensal abaixo desse valor, o gerador produziria sempre mais e mais créditos mensais de kilowatts junto à distribuidora (Coelce), que nunca seriam consumidos. “Como a Aneel regulamentou que os consumidores terão um prazo de 36 meses para consumir esses créditos, se o cliente o fizer nesse prazo, perderá”, pondera.
O investimento, para os menores equipamentos, se paga de 36 a 60 meses, dependendo do local de funcionamento. Para os equipamentos maiores o payback vai reduzindo e a vida útil estimada de nossos equipamentos é de 25 anos.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
A geração de energia elétrica na própria instalação consumidora pode trazer vantagens sobre a geração centralizada tradicional, como economia dos custos de transmissão e redução das perdas nas redes.
SERVIÇO 
Empresas que montam projetos de produção de energia
Onde: Satrix (http://www.satrix.com.br) e Gram-Eollic (http://www.grameollic.com.br) 


Saiba mais
A construtora Morefacil, em parceria com a Gram-Eollic, montará, na próxima semana, um projeto-piloto (protótipo) para atender, com energia eólica e solar, casas do projeto Minha Casa, Minha Vida II, em Chorozinho.
A ideia, segundo o empresário André Montenegro, é que os moradores, de baixa renda, tenhamo consumo garantido pelo sistema. Ele explica que o MCMV II determinou como obrigatório a energia solar para aquecimento de água no Sul/Sudeste.
O engenheiro Fernando Ximenes diz que, pelo projeto a ser montado, a energia a ser utilizada pelas casas será o do sistema híbrido solar-eólico. A energia da Coelce será energia de segurança, só sendo usada em caso de necessidade. Se aprovado pela Caixa Econômica e Banco do Brasil, o sistema poderá ser utilizado em todas as casas do MCMV II.
A MoreFacil está construindo um condomínio de 20 casas, para moradores de classe média alta, em que vai agregar energias eólica e solar.
FONTE: O Povo 

Um comentário:

  1. Show! Deveria ser adotada por todo empresario com condições arca com os custo de instalação!

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