quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

"Ceará deve ter 65 parques eólicos até 2016"

Atualmente o Ceará lidera o Nordeste em produção de energia elétrica eólica, com 17 parques. Até 2014, o estado terá uma representatividade de quase 43% no setor. No ano, o Brasil deverá ter uma produção de 7000 MH contra 3000 MH no Ceará



TALITA ROCHA, EM 05/12/2008


Os parques estão afastando do litoral porque os ventos do interior também são favoráveis à produção

O Ceará promete despontar em geração de energia eólica. As entidades envolvidas se mostram bem animadas e louvam o desenvolvimento do Estado. Serão 65 parques de geração eólica até o ano de 2016, sinaliza a presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo.

Enquanto hoje são 17 parques em funcionamento, mantendo o Ceará na frente do Rio Grande do Norte, um concorrente histórico.

Conforme informações de Elbia Melo da Abeeólica, ao todo o Brasil terá até 2014 uma produção de 7000 MH, contra 3000 MH no Ceará, em representatividade chega a quase 43%.

“Do ponto de vista de geração eólica, os parques estão afastando do litoral porque os ventos do interior também são muito bons e geram energia. Quanto ao sócio-econômico, traz beneficios para a população. Os parques eólicos funcionam com o arrendamento das terras e paga-se ao proprietário das terras um aluguel pelo uso da terra”, diz.

Mesmo com tantas perspectivas, a questão de capacitação e qualificação profissional para atender toda a demanda de construção ainda entra em questão nas rodas de conversa entre especialistas do setor.

De acordo com o presidente da Câmara Setorial de Energia Eólica, Adão Linhares, o problema se sustenta na grande demanda de construção de usinas que em pouco tempo foi consumada. “Foram contratadas muitas usinas em um único período para fazer num determinado prazo. Então você pega 2 mil torres para construir até 2013, por exemplo. Onde vamos ter tanta gente assim?”, comenta Linhares.

Ele diz que, por mais treinamento que haja, não é possível que dê tempo. “Uma das preocupações é que haja a promoção da oferta para essa demanda. Implementar e complementar o sistema normal de mão de obra. No entanto, o que é mais agravante não é o nível técnico, mas sim o médio e o tecnólogo, para ser supervisor”, explica o presidente da Câmara.

Diante desse cenário, até agora não há uma estimativa do déficit de profissionais e nem de quantos profissionais há atualmente no mercado gerando emprego para a energia renovável. O trabalho foi iniciado junto com a Abeeólica, a Câmara Setorial e representantes de universidades que trazem cursos e linhas de pesquisa com o tema. Nas próximas semanas, eles estarão nos estados que produzem energia eólica como Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O quê
ENTENDA A NOTÍCIA

A falta de mão de obra qualificada, um problema sempre presente em quase todos os setores, chega também no setor de energia eólica. Os estudos e mapeamentos sobre essa realidade começaram.

Números

65 parques eólicos é a quantidade que o CE terá até 2016.

17 parques é o total de usinas eólicas em operação hoje.


100 reais é a média do valor do MW vendido em um leilão de energia.


FONTE: O Povo Online




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