quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Em Fortaleza... "O sufoco da mobilidade urbana"

Sete anos à frente da administração de Fortaleza, o governo municipal não fez sequer uma obra estruturante, além de não adequar o projeto Transfor, de autoria do ex-prefeito Juraci Magalhães.

A avaliação é do sociólogo e professor da UFC, João Arruda, em artigo enviado ao Blog sobre mobilidade urbana. Confira:

A administração da prefeita Luizianne Lins vem sendo severamente criticada pelo desempenho medíocre em diferentes áreas. A educação oferecida à população é uma das piores do Brasil. A saúde fica abaixo da crítica. Seus hospitais e centros de saúde são sujos, sucateados e o seu cotidiano é comprometido pela falta de remédios, equipamentos e profissionais de saúde.

Nossos jovens em situação de risco estão desassistidos e faltam políticas públicas capazes de lhes fornecerem uma rede de proteção contra o cotidiano de violência e o fácil caminho às drogas. Enquanto são destruídos nossos Centros Sociais Urbanos, a prefeita acena com um único CUCA, incapaz de atender a uma parcela mínima da população.

Porém, nada tem irritado mais a população fortalezense do que a ausência de uma política que resolva a nossa caótica situação de mobilidade urbana.

A situação da cidade é deveras preocupante, pois Fortaleza tem uma frota de mais de 450.000 automóveis e de 170.000 motocicletas, crescendo em torno de 5.500 automóveis e 6.000 motocicletas ao mês.

Mesmo com o crescimento da nossa frota de automóveis em 160% nos últimos 10 anos, em 7 anos de mandato, a administração Luizianne Lins não fez uma só obra estruturante. O Transfor, por sua vez, implementa uma versão totalmente defasada, deixada por Juracy Magalhães.

Para reverter esse quadro, além de obras estruturantes, precisamos investir numa política de mobilidade urbana que priorize o transporte coletivo em detrimento do transporte individual, com mais e melhores ônibus e menos carros particulares. Precisamos urgentemente de uma política de mobilidade urbana que contemple os VLTs, as ciclovias, criação de faixas exclusivas para ônibus, aumento e melhoria da frota. Enfim, urge uma política de infraestrutura que priorize o transporte coletivo.

Infelizmente, enquanto a população sofre, nossa gestora gasta seu precioso tempo articulando a eleição de um “poste sem luz” para continuar sua triste administração.

FONTE: Blog do Eliomar

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