Blog para discutir sustentabilidade. A ideia de fazer este blog surgiu no Curso de Extensão "Sustentabilidade Organizacional e Gestão Socioambiental em Fortaleza - CE" da FEAAC/UFC. Participe tematizando via: cesustentavel.feaac@blogger.com / Para dúvidas, críticas, sugestões: cesustentavel@gmail.com
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
"Dunas do Cocó sob nova ameaça"
A comunidade de Fortaleza é de novo surpreendida por uma investida destinada a abrir caminho para a anulação prática da Área de Relevante Interesse Ecológico (Árie) Dunas do Cocó, aprovada pela Câmara Municipal, em 2009, sancionada pela Prefeitura de Fortaleza e ratificada pelo Tribunal de Justiça. Desta vez, os interesses contrários à preservação ambiental daquela área pretendem modificar o Plano Diretor de Fortaleza para atingir seu objetivo.
Como a Prefeitura se movimenta para introduzir algumas modificações no Plano Diretor da cidade, houve quem aproveitasse para tomar carona no projeto e apresentar uma emenda destinada a “flexibilizar” a legislação que criou a Árie das Dunas, abrindo caminho para sua anulação. É inacreditável que isso esteja acontecendo depois que ficou extremamente clara a posição da população de Fortaleza em favor da preservação daquela área verde e, principalmente, após o veredicto de cientistas a respeito de seu valor estratégico para a qualidade de vida dos habitantes da cidade.
As dunas do Cocó têm o papel de amenizar o clima da cidade e de servir de armazenamento aquífero que alimenta os recursos hídricos dispostos em torno, viabilizando o ecossistema que depende do lençol freático para se manter. Ora, Fortaleza, reconhecidamente, é uma cidade extremamente prejudicada pela falta de áreas verdes, tendo menos de um terço do que é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como padrão mínimo (12 m² de áreas verdes por habitante), depois da devastação de quase 90% da sua cobertura vegetal em menos de 40 anos.
Lembremo-nos que se trata de uma das últimas relíquias do patrimônio natural da cidade, que foi quase inteiramente dilapidado por ocupações inadequadas – seja por ignorância, ganância ou má-fé, ao longo das últimas quatro décadas.
O fator ignorância ainda podia ser tolerado quando não havia dados suficientes sobre a questão ambiental e se considerava “desenvolvimento” e “progresso” o crescimento urbano desvairado e sem critério. Hoje, insistir nessa mentalidade é imperdoável e um verdadeiro atentado aos princípios consagrados pela Constituição de 1988.
O representante que se coloca contra o interesse maior da população para atender a aspirações de grupos restritos – mesmo quando formalmente legítimas – nega o sentido de seu mandato.
FONTE: Blog do Eliomar
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
NBR ISO 14001 - Contribuição e Dúvida (comentem)
Convite:Marina Silva lança no Ceará Comitê em Defesa das Florestas
(85) 9909-38943
"Corte de árvores causa indignação"
Moradores de prédios próximos se mostraram indignados com a atitude, afirmando que, se tal derrubada fosse considerada legal, não deveria estar ocorrendo em um domingo, dia da semana em que pouco pode ser feito para a proteção e preservação das árvores.
Fabrício Ponte de Araújo, 21 anos, estudante de Direito, conta que as árvores, situadas em um terreno particular, nunca causaram nenhum problema.
De acordo com ele, os funcionários que realizam o serviço não apresentaram comprovação de estudo técnico que permitisse a derrubada.
No local, Marcos Joênio Gomes da Silva, um dos responsáveis pelo serviço, apresentou à reportagem uma autorização de um engenheiro ambiental, alegando que as árvores estariam doentes, oferecendo sérios riscos à população. "As pessoas confundem medidas preventivas com desmatamento. Estas árvores estão condenadas, podem cair a qualquer momento", argumentou.
Contudo, Fabrício Ponte alega que, das quatro árvores do terreno, onde funciona um salão de beleza, justamente as três que foram retiradas ficavam no local que será ampliado para o estacionamento.
"É muita coincidência. Isso não pode acontecer. É um desrespeito. Eles aproveitam para fazer esses cortes em um domingo, dia em que não podemos fazer nada. Chamamos a Polícia e um carro da Prefeitura de Fortaleza, mas eles não puderam fazer nada também", reclamou o estudante.
O morador afirma que pretende entrar com uma denúncia no Ministério Público com relação à derrubada das árvores. "Alguma coisa tem de ser feita. Não podemos deixar que isso continue. Essas árvores estavam aqui há mais de 20 anos e simplesmente vem uma pessoa e decide derrubá-las", destacou.
FONTE: Inventário Ambiental de Fortaleza
"BEIRA MAR - Obras ameaçam população de botos"
Pesquisadores da Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis) alertam que construções, integrantes do Projeto de Requalificação Urbanística da Beira Mar, podem afastar os animais que vivem hoje na enseada do Mucuripe. Os ambientalistas reúnem-se na tarde de hoje com representantes da superintendência do IBAMA no Ceará, para discutir a questão.
De acordo com a integrante da Associação, Ana Carolina Meirelles, a construção de um aterro hidráulico com cerca de 1.130m na faixa costeira e de um espigão de 230m de comprimento pode afastar população de aproximadamente 50 botos-cinza que, vivem hoje no local. As obras causarão danos à espécie, sensível a ruídos, conforme a pesquisadora. Ela explicou, que esses animais que já sofrem com os despejos de esgotos no mar e com a contaminação do Porto, podem deixar de vez a área.
Ana Carolina disse ainda, que na reunião a ONG deverá apresentar essa preocupação ao IBAMA local. A expectativa é que os apontamentos sejam encaminhados à representação nacional, já que o processo de licenciamento da obra envolve a instância federal. A exigência é que as instituições responsáveis instituam medidas de diminuição do impacto da construção. Estabelecer condicionantes que identifiquem o nível desses impactos sobre os botos antes, durante e depois da execução das obras, também é uma requisição dos ambientalistas.
Condição
A coordenadora de Desenvolvimento Turístico da Secretaria de Turismo do Município, Josenira Pedrosa, informou que, a construção dos empreendimentos foi condição estabelecida nos Termo de Referência que originou o Concurso Nacional de Ideias para Projeto de Requalificação. O marco foi elaborado pela Comissão da Beira Mar, que integra dentre outros órgãos, o Ministério Público Federal, o IBAMA, Secretaria do Patrimônio da União e a Secretaria de Meio Ambiente de Fortaleza. Ela disse ainda, que o novo espigão terá 350m, e segundo o projeto será localizado em frente ao Clube Náutico, estendendo-se até o espigão já existente na altura da Av. Rui Barbosa, tendo dimensão de 1.150 metros de comprimento por 80 metros de largura.
A finalidade da construção, segundo Josenira, é a recomposição da faixa de praia nesse trecho. O que, conforme ela, possibilitará a recuperação ambiental da área e a proteção da costa contra a ação de ondas e ressacas.
FONTE: O Estado
terça-feira, 27 de setembro de 2011
FANTÁSTICO: As capitais mais sujas do Brasil (17/01/10) - YouTube
Ótima dica da Ana Clara.
Selo ambiental deve salvar a pesca da lagosta no Ceará
A certificação ambiental internacional da lagosta, prevista para a Copa de 2014, pode salvar a importante atividade pesqueira que enfrenta a pior crise da história por causa da pesca ilegal e predatória
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segunda-feira, 26 de setembro de 2011
As 10 cidades mais sujas dos Estados Unidos - Meio Ambiente e Energia - EXAME.com
Imaginem um ranking mundial com Fortaleza ;-))
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Queda do Satélite UARS alerta para o lixo sobre nossas cabeças
Esta imagem faz parte de um conjunto divulgado pelo Centro de Operações Espaciais Europeu
O Satélite de Pesquisa da Atmosfera Superior Terrestre (UARS), que pesava quase seis toneladas e que foi lançado há 20 anos pela Nasa caiu sobre a Terra no início deste sábado (24 de setembro), de acordo com a agência espacial americana.
A queda de um equipamento de tal magnitude sobre a superfície do nosso Planeta dá conhecimento a muitas pessoas de que tem mais objetos sobre nossas cabeças que aviões e helicópteros.
Ponto crítico
Segundo pesquisadores dos Estados Unidos mesmo, a quantidade de lixo no espaço atingiu um nível limite e perigoso. Olhando vídeos e fotos da Nasa, a órbita da Terra parece um imenso espaço vazio, mas no espaço, onde estão mais de mil satélites, meteorológicos militares e de comunicação, também circundam o planeta milhares de pedaços de sucata espacial. São partes de satélites desativados e detritos resultantes de choques na órbita terrestre.
Tudo isso está voando à velocidade de 28 mil quilômetros por hora. O problema é tão sério que existe até uma agência que monitora a posição de 16.094 pedaços de metal que voam soltas e sem controle pelo espaço. Por várias vezes, técnicos da Nasa foram obrigados a corrigir a rota dos ônibus espaciais para evitar colisões.
Além de ameaçar os astronautas, o volume de lixo espacial que vaga na órbita terrestre ameaça também o mercado das telecomunicações civis e militares.
Estudo do Conselho de Pesquisa Nacional dos Estados Unidos revelou que a quantidade de lixo espacial chegou a um ponto crítico. Já há detritos suficientes para gerar uma reação quase interminável de colisões que vão gerar ainda mais destroços.
Queda
As autoridades dos Estados Unidos ainda desconhecem exatamente o local onde os destroços atingiram o Planeta. Segundo informações da Nasa, o UARS e seus detritos provavelmente tenham caído em grande parte sobre o Oceano Pacífico, sem ter ferido ninguém ou causado danos materiais.
Apesar da constatação de que o satélite entrou na atmosfera terrestre em algum lugar sobre o Pacífico, a Nasa e a Força Aérea dos Estados Unidos ressaltam que isso não significa necessariamente que todos os destroços caíram no mar. A Nasa aguarda a divulgação de mais detalhes da Força Aérea, que ficou responsável por rastrear os detritos.
De acordo com o especialista do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, Jonathan McDowell, a nave entrou sobre a costa de Washington. Ele disse que muitos dos fragmentos provavelmente caíram sobre o Oceano Pacífico, embora sua trajetória sugere que alguma partes possam ter caído em cima de áreas mais povoadas nos Estados Unidos e no Canadá.
O Satélite UARS, de 3 x 10 metros, pesava 5.900 quilos, foi levado ao espaço em 1991. Tinha dez instrumentos para medir as reações da camada de ozônio e foi desativado em 2005 pela Nasa.
Ele foi o maior satélite da Nasa a cair sobre a superfície terrestre depois do Skylab, que se precipitou na zona ocidental da Austrália em 1979. Espera-se que se desprendam do satélite 26 fragmentos, com peso variando entre um e 158 quilos.
FONTE: Gestão Ambiental - Diário do Nordestedomingo, 25 de setembro de 2011
Padrão de consumo no planeta é insustentável, afirmam pesquisadores
Paulo Cezar Barreto - Agência Senado
Em audiência sobre o tema "Decrescimento: Por que e como construir", realizada nesta segunda-feira (5) na Subcomissão Permanente de Acompanhamento da Rio+20 e do Regime Internacional sobre Mudanças Climáticas da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), os três professores convidados condenaram o desenvolvimentismo que leva a um consumo de recursos naturais acima da capacidade do planeta, e discutiram formas de conduzir a Humanidade a um padrão de redução de crescimento. A audiência foi presidida pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
'via Blog this'O destino do lixo produzido pelo Rock in Rio - CBN
Um podcats (audio da CBN) do Trigueiro, sobre o tema de Lixo no RockinRio
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sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Movimento Pró-Árvore será criado em Fortaleza? Será que foi?
Segundo o idealizador e organizador do evento, o engenheiro agrônomo Antônio Sérgio Castro, "a ideia é unir todos aqueles que amam as árvores e o verde e não aceitam a triste realidade em que se encontram as poucas áreas verdes existentes na capital". Ele diz que o primeiro encontro tem o objetivo de promover a interação e troca de experiências entre as pessoas que comparecerem e também a apresentação e debate da idéia de criação do Movimento Pró-Árvore.
O encontro é aberto a participação dos interessados e acontece no Instituto Gaia, localizado na Rua José Vilar 964, Aldeota, as 19h30min.
Mais informações com Antonio Sérgio (floradoceara@gmail.com >>
www.floradoceara.com)
RELATORIO do Código Florestal Aprovado no Senado
(aprovar quer dizer que ....)
Grato,Marcelo TeixeiraUFC/MAAC 2011
Artigo interessante
Além disso, temos procurado mostrar ao mercado as vantagens que o papelcartão apresenta quanto à sua sustentabilidade, à sua flexibilidade de uso e à sua adaptabilidade para qualquer volume de produção, mesmo os menores", finaliza Gomes.
Grato,Marcelo TeixeiraUFC/MAAC 2011
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Certificação 100R: Vocês conhecem?
Meio ambiente e comunicação é tema de debate na Universidade Federal do Ceará » Plínio Bortolotti - O POVO Online
Hoje, no dia "sem carros".
O debate “Meio ambiente e comunicação” será realizado nesta quinta-feira (22/9/2011), às 18 horas, no auditório Rachel de Queiroz, da Universidade Federal do Ceará (UFC) – campus Benfica.
Mesa
Vão falar sobre o assunto a jornalista Maristela Crispim (redatora da página “Gestão Ambiental” do jornal Diário do Nordeste), Miguel Macedo (professor do curso de Jornalismo da Fa7) e Monyse Ravena (assessora de Comunicação da ONG Cáritas)
'via Blog this'quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Ultimos dias de setembro - nao esqueça... "AULA DE CAMPO"
terça-feira, 20 de setembro de 2011
"Grandes geradores devem pagar pela própria coleta"
As ruas movimentadas do Centro de Fortaleza abrigam pedestres, vendedores ambulantes, placas e uma boa quantidade de lixo. O comércio é formado em parte por grandes geradores de resíduos, como shoppings, que chegam a produzir entre 50 e 100 quilos diários. Para modificar essa realidade foi montada uma operação na área. De acordo com Waldemberg Oliveira de Lima, chefe da limpeza urbana da Regional do Centro, desde fevereiro que a Operação Centro Limpo - Fiscalização nos Grandes Geradores está tentando que reordenar e destinar o despejo e a coleta de lixo no bairro por meio de educação e fiscalização.
É fato que para os próprios lojistas, o entulho na frente de seus estabelecimentos é prejudicial. Todos concordam sobre a necessidade de se fazer esse tipo de trabalho de coleta organizada e sistemática, de acordo com Lima. Mas na hora da fiscalização, as coisas não funcionam da mesma forma. “Sempre tem aquele que não concorda, ou diz que não foi avisado”, revela. Esse tipo de profissional acaba prejudicando o processo de limpeza do bairro.
Para além das questões estéticas, a higiene é fator dos mais relevantes. Com o descarte correto, a possibilidade do saco de lixo ser rasgado, e os resíduos espalhados. “É complicado a gente ter um gari fazendo um trabalho na rua, tentando deixar a rua limpa, vem daí uma destinação inadequada, jogar o lixo na rua e o trabalho do gari fica como se não tivesse sido realizado”, reclama o chefe da limpeza urbana da Regional do Centro.
Para transformar essa situação, auxiliares de fiscalização estão passando por um curso e devem se qualificar como agentes ambientais. Eles vão fazer o trabalho de orientar os comerciantes para que a ação seja definitiva e a consciência ambiental faça parte do cotidiano de trabalhadores e frequentadores do Centro. Horários e locais corretos para descartar o lixo estão entre as ações educativas dos agentes.
Para solicitar coleta de resíduos de construção (até um contêiner):
Para ter mais informações e solicitar coleta de resíduos domiciliares (até 50 quilos) :
Para resíduos recicláveis:
Para quantidades maiores que um contêiner ou mais de 50 quilos (lixo ou entulho)
CENTRO
1) É comum ver catadores escolhendo o lixo que vale mais para levar. 2) Produtos tóxicos como a lâmpada fluorescente, que não pode ser colocada no lixo comum é descartada no meio da rua. 3) Moradores de rua procuram alimentos nos sacos deixados nas calçadas. 4) A rua vira um verdadeiro depósito quando o expediente no Centro de Fortaleza se encerra.
henriette@opovo.com.br
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Medida Provisória de Tablets e Código Florestal
(se ficaram curiosos sobre a ligação dos dois temas cliquem no título que tem um link)
Contra a aula de campo no zoológico
Caros colegas de curso,
Marcio Nemec
"Comissão de Meio Ambiente realiza ato pelo Dia Mundial sem Carro"
"Arborização Urbana em Fortaleza"
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Post 2 - Palestra “Pilares para a Construção de uma Cidade Sustentável”
O arquiteto Fauto Nilo, com 41 anos de formação na área, falou sobre sustentabilidade urbana e iniciou dizendo estar feliz com as crescentes discussões sobre urbanismo, ressaltando que, seu principal papel na palestra, era exatamente falar sobre “Padrões universais de melhoria na vida das cidades em termos de urbanismo”. Fausto então destacou esses padrões universais de urbanismo e o papel da cidade como matriz de intercâmbio.
Fausto abordou as desconfigurações e mudanças de escala quando se passa de uma pequena cidade a uma metrópole. Através de um quadro sintético, falou da cidade como um ecossistema, que reúne “Energia e Materiais, Forma Urbana e Resíduos”.
O Palestrante reforçou com o público presente, o conceito de Desenvolvimento Sustentável definido no relatório “Nosso Futuro Comum”, de 1987, e brincando sintetizou: “É basicamente, vamos fazer nossa farra e não impedir que os que virão depois possam fazer a deles”. Grifou ainda que quando se planeja uma grande conferência para discutir sustentabilidade, como a prevista para o próximo ano no Brasil (referindo-se à RIO+20) é preciso muito cuidado em relação à comunicação, pois caso seja mal feita, poderá despertar má vontade das partes desinteressadas na discussão.
Destacou que projetos devem estar pautados em valores Ambientais, Sociais e Econômicos. Fausto apontou como grande desafio a adaptação da metrópole construída, muito mais do que o desenvolvimento de novas construções, bem como a restauração de comunidades urbanas impactadas. Ressaltou que as coisas não devem ser feitas em fragmentos, “a metrópole odeia fragmentos”.
Falou ainda de design ecossistemático, de inovações para consolidar as metrópoles, crescimento por dispersão ou por inserção urbana (oferecendo destaque para a importância deste último).
O Arquiteto defende bastante que Fortaleza e outras cidades devem se tornar mais densas, com maior uso do solo, do espaço civil, aproveitamento do Meio Ambiente, acessibilidade e economia.
Fez uma diferenciação importante entre Mobilidade Urbana e o velho transporte, esclarecendo que Mobilidade Urbana diz respeito à relação entre uso do solo produzindo movimento de pessoas e bens, destacou a caminhada e o uso da bicicleta. Ressaltou os prejuízos aos idosos pela deficiência no que diz respeito à acessibilidade.
Quanto ao futuro da Cidade, Fausto destacou alguns pontos:
- inserção de técnicas urbanísticas de expansão periférica;
- zoneamento modal com mistura de usos;
- gestão urbanística do crescimento da metrópole;
- seleção de áreas e fronteiras permanentes (citou o centro de Sobral – Ceará, como exemplo);
Reforçou ainda que comunidades e negócios não são destruídos pelo bom urbanismo.
Havia ainda outras coisas a falar, quando o palestrante precisou concluir o raciocínio, por conta do tempo, para isso, apresentou um quadro que trazia os bloqueios e as oportunidades urbanísticas sobre Fortaleza e sua região metropolitana.
Pontos aí destacados:
-Traços em xadrez sem hierarquia;
- Baixa densidade (ruim);
- Bicicleta em solo plano;
- Amenidade climática no espaço público;
- Código de obras restritivo à vitalidade de espaço público;
- As dificuldades de desapropriação;
- Demanda de projetos criativos;
- Meios para irrigar os fluxos;
- Oportunidades de inserção de corredores urbanos;
- Dificuldade de implementação de planos, continuidade e controle social;
- Conflitos de linhas férreas e tecido urbano;
- Demanda de planejamento integrado da região metropolitana de Fortaleza.
A fala de Fausto Nilo foi bastante produtiva, fazendo com que os presentes lamentassem o esgotamento do tempo para uma maior explanação.
Em relação à fala do ex-secretário estadual do Desenvolvimento Urbano, Adolfo Marinho, por conta do tempo, só foi possível acompanhar a primeira meia hora. Vale ressaltar que após a fala de Fausto, muitas pessoas se retiraram do auditório, às 21 horas.
Adolfo ateve-se bastante à importância da iniciativa do CIC, apresentou rapidamente alguns temas gerais, como desenvolvimento, sustentabilidade, globalização, conhecimento, política, dentre outros.
Em uma fala bastante política, afirmou que um desenvolvimento sustentável liderado pela prefeitura é improvável, mas possível. Adolfo transmitia descrédito em relação ao espaço do desenvolvimento sustentável na política.
Apontou ainda que o alcance da ação da prefeitura passa por limitações legais, de disponibilidade financeira e espaço político reduzido. Fez uma análise geral de pontos relacionados às fases de pré campanha, campanha e exercício da gestão.
Ouvimos algumas críticas de pessoas que se retiravam durante a fala do ex-secretário. Comparando as duas falas, pelo tempo que estivemos presentes, nos pareceu que a abordagem e condução de Fausto Nilo, a respeito do tema, foi a que mais satisfez o público presente.
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