terça-feira, 18 de outubro de 2011

"Você sabia que a reciclagem de vidro é infinita?

Lydia Cintra 14 de outubro de 2011


Um vidro pode se transformar em outro vidro, sem perda de qualidade, várias vezes. No processo, o material é separado por cores, sem tampas e rótulos, e vale mesmo quando está quebrado. Depois é "triturado" em pequenos pedaços e entra na composição que vai formar um novo vidro: areia, barrilha, calcário e feldspato.
Segundo dados da Abividro, a reciclagem de vidro no Brasil saltou de 15% em 1991 para 47% em 2008. Por ano, segundo o CEMPRE, são produzidas em média 980 mil toneladas de embalagens de vidro que usam cerca de 45% de matéria-prima reciclada na forma de cacos.
As vantagens
Reciclar vidro evita a retirada de mais matéria-prima da natureza. A economia de energia e a emissão de gases poluentes também diminuem. Por exemplo: para fabricar do vidro com matérias-primas virgens, é necessário que a temperatura do forno chegue a 1.500°C. Se 30% da composição for de cacos de vidros reaproveitados, a temperatura de fusão baixa para 1.300° – e assim muita energia é economizada. (*)
A quantidade de lixo produzida também será menor, o que é essencial para aumentar a vida útil de aterros sanitários (sem contar que o tempo de decomposição do vidro na natureza é considerado indeterminado).
O que levar para a reciclagem?
Garrafas, potes e frascos devem estar limpos e secos. Lâmpadas, cristais, espelhos, vidros de automóveis ou temperados, cerâmica e porcelana, porém, não entram nessa lista. Isso porque eles apresentam uma composição química diferente, que dentro do processo de fabricação do vidro pode originar produtos com defeito.
Também não podem ter na mistura terra, pedras, cerâmica e louças, pois quando são fundidos, geram partículas que diminuem a resistência das embalagens. A contaminação por metal (as tampas, por exemplo) também prejudica o processo, pois forma bolhas e manchas, além de danificar o forno.
Segundo o CEMPRE, os vidros também podem ser usados na composição de asfalto e pavimentação, construção de sistemas de drenagem contra enchentes, produção de espuma e fibra de vidro, bijuterias e tintas reflexivas.
Saiba mais
A PUC Rio produziu uma edição do  programa A Química do Fazer sobre a história do vidro, as formas de produção (artesanal e industrial) e os processos de reciclagem.
E você, separa o vidro para reciclagem?
 *Livro: Os Bilhões Perdidos no Lixo – Sabetai Calderoni
Abividro: Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro
CEMPRE: Compromissoa Empresarial para Reciclagem


FONTE: Revista Super Interessante

2 comentários:

  1. Interessante.. e mais uma vez vemos a falta que faz uma coleta seletiva, podemos até separar, mas o caminhão do lixo vem e mistura tudo =D.
    Algo que foi evidenciado na reportagem, foi o aumento da vida útil dos aterros, que seria uma grande ajuda no grande problema que temos com o lixo, onde, temos em nosso estado mais lixões que municípios.

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