terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Coletividade Esquecida

Fonte da imagem > Última Hora - DN

Por Ana Clara Alves

Aqueles que dependem do transporte coletivo para se locomover em Fortaleza certamente sabem o que é presenciar inúmeras atitudes insustentáveis, em diversos sentidos. Entretanto, este texto busca fazer, apenas, uma breve reflexão a respeito do descarte de lixo através das janelas desses coletivos ( a situação também é grave nos pontos de espera).

É interessante perceber a concepção de “educação” de algumas (várias) pessoas. Quando ônibus ou vans param em sinais de trânsito, essas pessoas se apresentam sempre educadas, para receber panfletos (ver “panfletistas descumprem lei”). Em seguida, ainda educadamente, prendem os panfletos entre os vidros das janelas, na lateral do acento, ou ainda esperam o veículo se mover para soltar o papel “ao sabor do vento”.
O argumento de que não há lixeiras é a justificativa mais utilizada para esse tipo de comportamento: “Sim, sou mal educado, porque não há lixeiras; do contrário, eu seria um exemplo de cidadão”.
Além do descarte dos panfletos, há ainda o descarte de garrafas de água mineral, latas de refrigerante ou cerveja, espigas de milho, pacotes de salgadinhos, embalagens de balas, gomas de mascar, entre outras coisas.
Mas o que poderia ser feito para conscientizar as pessoas de que, mesmo com a ausência de lixeiras, a sociedade e o meio ambiente não são obrigados a conviver com o lixo lançado nas ruas?
A “Fortaleza Bela” é uma boa proposta, mas que não é/foi bem executada. Talvez seja preciso focar em núcleos, para atingir o todo.
Quem sabe uma campanha de conscientização, começando pelo transporte coletivo, onde é possível atingir muita gente de uma só vez, possa “dar a partida” para um movimento que traga mudanças quanto ao descarte do lixo na cidade.
Quando estão bem-informadas, as pessoas passam a entender os problemas e a pressionar de maneira mais inteligente pelas transformações necessárias. Só assim a política muda de qualidade”, aponta Ladislau Dowbor, especialista em economia política e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo”.
Sim, o povo deve cobrar mais lixeiras, mais suporte, mais respeito. Mas, para isso, precisa de educação e compromisso.
Dica de leitura complementar > “Uma cidade para chamar de nossa” (matéria da Revista Página 22).

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