No atual contexto ambiental, em que há urgente necessidade de redução de emissão de poluentes, quando se pensa em energia renovável, as hidrelétricas ainda são vistas como as mais viáveis. Mas e quanto à energia limpa? Hidrelétricas, apesar de não serem poluentes, como termelétricas, ainda geram impacto ambiental e necessitam de grande gasto com manutenção.
Qual seria a solução? É nesse momento da discussão que as “energias alternativas” são lembradas. A geração de Energia Eólica tem avançado no mundo, não apenas líder entre os BRICS, a China vem mostrando liderança mundial nos investimentos no setor. O contraste é que a China ainda possui grande parte de sua energia gerada a partir de combustíveis fósseis, e vem investindo para fazer a transição para a geração de energia limpa, enquanto o Brasil, que tem plenas condições físicas para desenvolver o potencial energético eólico, ainda o faz insuficientemente. A questão é: por que?
Estudos recentes mostram que o potencial energético eólico do Nordeste, sozinho, seria capaz de suprir dois terços da demanda energética nacional. O que seria atingido caso cada área com “bons ventos” no território brasileiro fosse aproveitado? Ainda existiria necessidade de construção de hidrelétricas bilionárias, com grandes impactos socioambientais? A negativa é simples e automática.
Os contra argumentos focam nos elevados preços de instalação de um parque eólico. Sim, é verdade que o investimento inicial é alto, mas há de se convir que a autosuficiência de uma turbina eólica, que não necessidade de abastecimento nem para iniciar sua operação, aliada a pouca necessidade de manutenção de uma turbina, que tem duração média de 20 anos, compensam o gasto. É necessária uma abordagem visionária, que não foque apenas na necessidade de aumento de demanda de energia atual, e sim, no futuro.
Se antes as torres eram limitadas a 50m, com o avanço tecnológico, as torres chegam a 120m de altura, aumentando a capacidade de geração de energia de cada turbina.
O Brasil deve se espelhar no exemplo de países como Alemanha e China e complementar sua matriz energética com seu vasto potencial eólico, e o governo deve ajudar a vencer a barreira financeira, dando incentivos para a expansão do setor.Priorizando o setor, será conseqüente o barateamento da montagem dos parques eólicos, que podem ainda dividir terreno com outras atividades, como agricultura e pecuária. É preciso romper com os antigos modelos e domínios energéticos e amarras políticas envolvidas e investir no progresso.
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