terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Tomada da Consciência Ambiental: uma necessidade!

Por Nayana de Almeida Santiago

Diariamente, na mídia, escutamos falar sobre meio ambiente. Os temas ambientais são expostos, muitas vezes, devido a uma questão de marketing. É certo que melhor seria que estes fossem abordados pela preocupação em conservar os nossos recursos naturais. Porém, temos que admitir que independente da força impulsionadora, nós nos encontramos em uma fase histórica, onde se avançou muito nas questões relacionadas ao meio ambiente.

Desde o início dos tempos o ser humano se apropria da matéria. O Homem sempre usufruiu do meio ambiente sem se preocupar com uma possível escassez dos recursos naturais pois, acreditava que os mesmos eram infinitos. Nos primórdios esse uso, despreocupado, não se caracterizava como um problema, pois havia um equilíbrio entre a interferência humana no meio ambiente e a capacidade deste se “recompor”.

Com o passar do tempo essa relação começou a entrar em desequilíbrio, tendo como principal causa o aumento populacional advindo primeiramente da passagem do modo de viver: antes nômades e agora sedentários. Este novo estilo de vida fez com o que o Homem utiliza-se de forma mais intensa uma mesma área, além de provocar mudanças no meio natural para atender suas necessidades.

Por volta do século XVIII ocorreu o “boom” populacional causado pela primeira revolução industrial, onde muitas pessoas migraram para a cidade, ocupando de maneira desordenada os centros urbanos. O precário estado dessas habitações e a alta jornada de trabalho, na qual os operários eram obrigados a cumprir, resultou em uma baixa qualidade de vida.

O meio ambiente passou a ser explorado sem limites, degradando e poluindo intensamente os recursos naturais. Quanto aos resíduos desta nova realidade, onde há um predomínio da atividade industrial, temos a disposição inadequada dos resíduos sólidos, o lançamento dos efluentes em corpos hídricos e o lançamento indiscriminados de poluentes atmosféricos.

Diante deste uso desenfreado dos recursos naturais e da notória agressão causada ao meio ambiente, a idéia de que os mesmo eram ilimitados começou a ser questionada cada vez mais.

Rachel Carson foi uma das pioneiras a atentar para as questões ambientais e alertar os demais, para o risco de continuar com esse modelo insustentável, laçando em 1962 o livro intitulado em português: Primavera Silenciosa.

Desde então muitos outros personagem surgem para questionar a relação insustentável do Homem com o meio ambiente. Essa relação instável provocava a poluição, e muitas vezes a contaminação, do ar, solo e água.

Além da poluição dos bens ambientais, essenciais à vida humana, também podemos destacar a perda de diversidade animal (por conta da caça predatória) e vegetal (devido ao desmatamento).

Toda essa interferência na natureza tem como conseqüência ao ser humano o surgimento de doenças, catástrofes ambientais e péssima qualidade de vida.

Com o intuito de discutir os problemas ambientais surgem as conferências sobre o clima, tendo como principal foco, buscar um consenso entre os países, para diminuir a emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE), principais causadores das mudanças climáticas.

Hoje a conservação do meio ambiente está na pauta das discussões políticas e da sociedade em geral. Nesse novo contexto socioambiental surgem as Organizações Não Governamentais (ONG’s) em prol da natureza, em que o principal objetivo é proteger o meio ambiente para que seja garantido o direito das gerações futuras de usufruir dos recursos naturais hoje presentes.

Muitas empresas privadas passam a se readequar para atender esta nova demanda, este novo mercado consumidor que se preocupa com a origem do produtor que esta comprando e do impacto que ele causou ao meio ambiente.

No intuito de garantir este mercado muitas empresas vêm investindo em novas tecnologias que impacte menos negativamente o meio ambiente, além de investir em projetos sociais e ambientais.

As certificações ambientais buscam dar ao consumidor a garantia que o produto ou serviço certificado não esta prejudicando o meio natural sendo considerado assim ambientalmente correto.

Apesar de termos a sensação de que as questões ambientais não são tratadas com a atenção que deveriam e que muitos usam deste tema para se promover, depois de fazer esta pequena retrospectiva podemos dizer com toda a certeza que avançamos muito quanto falamos em meio ambiente.

Mas sabemos que ainda temos muito por fazer para podermos ser considerados uma sociedade ambientalmente correta, foram anos acreditando que não era necessário conservar o meio ambiente, para quebrarmos este paradigma será necessário muitos anos, talvez décadas, mas é certo que um geração futura irá alcançar esse equilíbrio que buscamos, para isto temos que começar desta agora, eu estou disposta a colaborar e você?




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